A possibilidade de um novo salário mínimo de R$ 2.028,84 em Santa Catarina anima trabalhadores do estado, segundo o anúncio da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Contudo, esse reajuste não seria aplicável a todos, dependendo das categorias e faixas salariais específicas. A reformulação sugere que certos grupos de trabalhadores podem esperar um aumento significativo, visando refletir os custos de vida regionais.
Enquanto o governo federal se prepara para anunciar o piso salarial nacional para 2025, os estados, como Santa Catarina, continuam suas negociações anuais para ajustar os pisos regionais. Estes são geralmente superiores ao salário mínimo nacional e são ajustados para atender às demandas locais. Em 13 de novembro, uma nova proposta de reajuste foi apresentada em Florianópolis, que, se aprovada, entrará em vigor em janeiro de 2025, conforme informações da CUT-SC.
Quais são as faixas salariais em Santa Catarina?
Santa Catarina adota um sistema de faixas salariais para suas categorias de trabalhadores, cada uma com um reajuste planejado. Estas faixas buscam acomodar diferentes setores da economia que têm suas particularidades e necessidades salariais distintas.
Primeira Faixa Salarial
Nesta categoria estão os trabalhadores da agricultura e pecuária, indústrias extrativas e beneficiamento, além de empresas de pesca e aquicultura. Além disso, inclui empregados domésticos, construção civil e algumas indústrias específicas como instrumentos musicais e brinquedos. O piso atual de R$ 1.612,26 tem previsão de aumento para R$ 1.773,49, refletindo o aumento geral do custo de vida.
Quem se beneficia do ajuste na segunda faixa salarial?
A segunda faixa contempla funcionários das indústrias de vestuário, calçados, fiação, tecelagem e artefatos de couro, entre outros. Cada categoria possui suas especificidades e o piso está programado para subir de R$ 1.670,56 para R$ 1.837,60. As melhorias salariais visam potencialmente atrair talentos para essas indústrias.
E a terceira faixa salarial?
Engloba trabalhadores das indústrias químicas e farmacêuticas, cinematográficas, alimentação e comércio em geral. O ajuste salarial deve elevar a remuneração mínima de R$ 1.769,14 para R$ 1.946,05. Tais ajustes são estratégicos para estabelecer melhores práticas e condições no segmento de comércio e indústria química.
Detalhes da quarta faixa salarial
Os trabalhadores das indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico fazem parte dessa categoria superior. O valor do salário deve mudar de R$ 1.844,40 para R$ 2.028,84. Esse ajuste procura compensar os colaboradores nesses setores pela evolução das demandas de trabalho e pelos desafios econômicos enfrentados.
Expectativas para o processo de negociação
As negociações entre trabalhadores e empregadores começarão oficialmente em 3 de dezembro, na sede da Fiesc. A expectativa é que ambas as partes cheguem a um acordo satisfatório. A coordenação do processo ressalta a importância de estarem munidos de argumentos robustos visando alcançar um desfecho vantajoso. A unidade entre as federações de trabalhadores e suas centrais sindicais reflete o comprometimento e a força de trabalho em prol de condições melhores. Tal ação é emblemática da solidariedade entre os setores produtivos no estado.