A recente onda de demissões no SBT causou surpresa e indignação dentro do setor jornalístico. Entre os afetados, está a apresentadora Márcia Dantas, além de outros profissionais valiosos para a emissora. No entanto, foi a demissão de uma funcionária em tratamento de câncer que gerou maior repercussão e debate sobre as práticas administrativas do canal.
A demissão de aproximadamente 10 funcionários foi anunciada nesta segunda-feira, o que gerou questionamentos sobre os critérios adotados pela emissora. A decisão de incluir uma funcionária que luta contra o câncer chamou a atenção pelo impacto nas suas condições de saúde e tratamento.
Qual é a Situação Atual da Funcionária Demitida?
A funcionária desligada trabalha no SBT desde 2019 e enfrenta um diagnóstico de adenocarcinoma de pulmão com metástase cerebral. Com 48 anos, ela foi essencial nas produções do SBT Brasil e Primeiro Impacto. Dependendo do convênio médico para o tratamento no prestigiado Hospital Sírio-Libanês, a perda do emprego representa uma ameaça direta à continuidade de seu tratamento.
O medicamento responsável por manter a doença sob controle, conhecido como lorbrena, tem um custo de aproximadamente R$ 40 mil por mês e não está disponível pelo SUS. Esse cenário coloca a funcionária em uma situação desesperadora diante da possibilidade de perda do convênio médico.
Funcionária em Perigo de Interromper Tratamento?
Relatório médico acessado por fontes confirmam que a paciente apresentou novas lesões no sistema nervoso central, apesar da resposta inicial positiva ao tratamento. Além disso, a funcionária também lida com diabetes tipo 1, complicando ainda mais sua situação clínica e emocional.
Sem o suporte do convênio médico, a continuidade do tratamento se torna inviável financeiramente, o que coloca a funcionária em risco de agravamento da doença. A profissional, mãe de uma criança de 9 anos, expressou profunda preocupação com as consequências imediatas desse desligamento para sua família.
Qual é a Posição do SBT Sobre a Demissão?
A questão ganhou notoriedade especialmente após a presidente do SBT, Daniela Beyruti, afirmar que não estava ciente da demissão. Sua reação indica que haverá uma investigação interna para esclarecer os fatos e, possivelmente, reavaliar a decisão. No entanto, a emissora alegou que não tinha obrigação de manter o convênio com os demitidos.
Esse caso levanta questões importantes sobre responsabilidade social das empresas em relação aos seus funcionários com condições de saúde graves e o suporte que deve ser fornecido durante essas circunstâncias.
Repercussões e Reflexões no Setor de Mídia
Esta situação no SBT suscita debates mais amplos sobre o papel das organizações na manutenção da saúde de seus colaboradores, especialmente quando se trata de condições médicas severas. As práticas de demissões em massa em tempos de crise econômica são conhecidas, mas o impacto humano em questões sensíveis como esta coloca em cheque as decisões empresariais.
Com a crescente pressão da opinião pública e internação, as empresas de mídia precisam considerar suas políticas de desligamento e o apoio oferecido a funcionários em momentos críticos. Este caso pode servir de alerta e impulsionar discussões sobre práticas empresariais mais humanizadas.