Nesta reportagem, você vai descobrir como um erro em Super Mario Bros gerou um segredo que virou lenda. Mario pode deslizar por uma parede e cair no Minus World, um nível subaquático preso em loop infinito. O caso surgiu há décadas e ainda alimenta a sua curiosidade.
Super Mario Bros: o bug do “Minus World” que ainda prende sua atenção
Um erro no código de Super Mario Bros., lançado para o NES em 1985, cria um nível secreto conhecido como “Minus World”. Se você executar um salto e deslizar numa parede específica em World 1-2 e descer pelo cano certo, o jogo leva você a um estágio subaquático que roda em loop infinito. A única saída é reiniciar ou perder todas as vidas. Quarenta anos após o lançamento, esse bug segue entre os mais famosos da história dos videogames.
O que acontece no jogo
No início, em World 1-2, pular em um ângulo exato e escorregar por uma parede faz Mario alcançar uma Warp Zone. Se você descer pelo cano daquela Warp Zone, o mostrador de nível aparece com um espaço em branco no lugar do número do mundo, indicando “World -1”. O estágio é subaquático e sem fim, impedindo a progressão normal.
Como o caso foi descoberto e divulgado
Rumores sobre o nível circularam pouco depois do lançamento. A falha ganhou atenção maior quando a revista Nintendo Power publicou instruções para acessá-la em 1988. Funcionários da Nintendo relataram receber muitas ligações sobre o Minus World. Shigeru Miyamoto afirmou que o nível não foi incluído de propósito, mas reconheceu que, por não travar o jogo, o bug acabou virando parte da experiência cultural do título.
Impacto e legado
O Minus World alimentou a ideia de que jogos podiam esconder segredos profundos. Pesquisadores e desenvolvedores dizem que descobrir aquele nível criou a sensação de que qualquer coisa era possível dentro dos mundos virtuais. Criadores posteriores citaram essa surpresa como inspiração para projetos com reviravoltas e conteúdos inesperados.
Ao mesmo tempo, especialistas observam que esse mistério diminuiu com o tempo, à medida que títulos modernos passam por testes mais amplos e correções antes do lançamento. A forma como compartilhamos descobertas também mudou: muitos jogadores hoje acompanham transmissões e guias em dispositivos móveis — inclusive orientações sobre como ver jogos ao vivo no celular sem pagar.
Para contextualizar esse impacto em estudos acadêmicos sobre jogadores e cultura digital, consulte a Revista acadêmica sobre cultura dos jogos.
Outros erros e segredos semelhantes
A busca por falhas e áreas secretas continuou nas décadas seguintes. Exemplos incluem o código que gera dinheiro em The Sims 4, o DeLorean que abre fase secreta em Driver: San Francisco, o bug Missingno em Pokémon Vermelho e Azul, e falhas em GTA IV, Halo 2, Spyro e Skyrim que permitem acessar áreas inesperadas.
Esses erros, intencionais ou não, mantêm viva a cultura de exploração entre jogadores — e muitos criadores transformaram essas descobertas em conteúdo, aprendendo a ganhar dinheiro com vídeos online sobre speedruns, glitches e teorias.
Há também cobertura jornalística extensa e coleções de reportagens que analisam esses fenômenos; veja algumas Reportagens sobre glitches e segredos.
Conclusão
Um simples erro no código virou segredo e depois lenda: o Minus World não é só um bug, é um símbolo. Em poucas linhas de programação surgiu um espaço que alimentou curiosidade, desafiou expectativas e mostrou que os videogames podem esconder surpresas tão vivas quanto uma porta dos fundos num mapa antigo.
Essa falha provou que pequenas falhas podem acender grandes ideias — criadores se inspiraram, jogadores exploraram e pesquisadores repensaram testes e narrativas. Parte dessa cultura também incentiva fãs a produzir suas próprias criações; hoje é possível até criar produtos inspirados em games de forma gratuita com ferramentas acessíveis.