Você vai acompanhar a virada do PagBank. Carlos Mauad assume a liderança com missão clara: acelerar o crédito e tornar o banco mais rentável. Chega junto Gustavo Sechin como novo CFO, mudando o perfil da diretoria. O texto explica a transição de pagamentos para serviços bancários, a meta ambiciosa de carteira de crédito, a reação do mercado aos resultados do trimestre recente e os desafios de consolidar crédito sem comprometer o balanço.
- Carlos Mauad assume como CEO com missão de acelerar o crédito e buscar rentabilidade
- Gustavo Sechin vira CFO trazendo experiência bancária para reforçar a diretoria
- Estratégia clara: transformar o PagBank de fintech de pagamentos em banco digital lucrativo
- Carteira de crédito cresce enquanto o volume de pagamentos recua, sinalizando mudança de foco
- Principal desafio: expandir crédito sem comprometer o balanço diante de concorrência acirrada
PagBank anuncia nova direção: Mauad será CEO com foco em crédito
O PagBank informou que Carlos Mauad assume como CEO em janeiro de 2026, com a missão explícita de acelerar a oferta de crédito. Gustavo Sechin chega como CFO no mesmo período. Alexandre Magnani e Artur Schunck deixarão a operação executiva e passarão a integrar o conselho de administração.
O que muda agora?
Essa não é uma troca simples. A mudança consolida uma estratégia iniciada em 2023, quando a empresa adotou a marca PagBank e deixou claro que quer ser mais do que uma empresa de pagamentos. A prioridade é transformar a base de clientes em fonte de receitas bancárias, especialmente via crédito.
Por que a mudança importa?
O setor de pagamentos está mais competitivo. Com concorrentes como Mercado Pago, Stone e bancos digitais, crescer apenas com maquininhas e TPV ficou difícil. Analistas apontam que rentabilizar plataformas com produtos bancários é essencial para justificar valor aos investidores. A nova direção optou por líderes com experiência bancária para enfrentar esse desafio.
Perfil dos novos líderes
Carlos Mauad vinha como COO desde setembro de 2024 e tem histórico em bancos e varejo financeiro — Magalu, Banco Carrefour, Citi e Smiles — com foco em gestão de portfólios e risco de crédito. Gustavo Sechin tem carreira em instituições bancárias e meios de pagamento, com passagens por Santander, Banco Votorantim, ABN Amro e Getnet. O perfil dos dois reforça o viés bancário da companhia.
Resultados do 3º trimestre de 2025
No trimestre, a carteira de crédito cresceu cerca de 30%, enquanto o TPV apresentou recuo. O mercado reagiu no curto prazo: as ações caíram 4,93% no dia do anúncio, cotadas a US$ 9,44. Ainda assim, o papel acumula alta de 50,7% em 2025, com valor de mercado em torno de US$ 2,75 bilhões.
Metas e projeções
A nova direção confirmou a meta ambiciosa: chegar a R$ 25 bilhões em carteira de crédito até o fim de 2029. Para isso será preciso aumentar desembolsos, manter a qualidade do portfólio e ampliar parcerias.
Desafios à frente
Três riscos principais merecem atenção: consolidar o crescimento do crédito sem comprometer a saúde do balanço, competir em um mercado de margens apertadas e converter a base de clientes em receita recorrente. A execução será determinante. Se bem-sucedido, o plano pode transformar o PagBank em um banco digital mais rentável e menos dependente de volumes de pagamento.
Conclusão
A chegada de Carlos Mauad e Gustavo Sechin sinaliza que a empresa aposta no crédito como motor de rentabilidade — é uma mudança de rota clara, da maquininha para o balanço. A meta de R$ 25 bilhões até 2029 é ambiciosa e exigirá desembolsos maiores, parcerias e controle rigoroso de risco. O principal nó: ampliar a carteira de crédito sem prejudicar o balanço.
Perguntas frequentes
Por que o PagBank trocou o CEO e quer acelerar o crédito?
A troca sinaliza mudança de foco. O mercado de pagamentos está apertado; o banco precisa rentabilizar clientes com crédito. Mauad tem perfil bancário para liderar essa frente.
Quem é Carlos Mauad e qual sua experiência no crédito?
Mauad foi COO desde 2024. Já liderou áreas financeiras no Magalu e Banco Carrefour, passou por Citi e Smiles. Especialista em carteiras de crédito e gestão de risco.
A meta de R$ 25 bilhões até 2029 é factível?
É ambiciosa, mas possível. Depende de desembolsos maiores, parcerias, capital adequado e execução firme para manter a qualidade do portfólio.
O que muda para clientes e lojistas a partir de 2026?
Mais ofertas de crédito, aprovação mais rápida, produtos bancários integrados e possíveis ajustes tarifários para melhorar margem.
Quais os principais riscos dessa estratégia?
Concorrência forte, aumento da inadimplência que pese no balanço, custo de capital elevado e queda no TPV com reação negativa dos investidores.
