Você precisa saber que o BPC vai ter mudanças no valor e nas regras em 2026. Este texto explica de forma direta quem pode receber, como a renda será calculada, o que deixa de ser contado e como a avaliação de pessoas com deficiência vai mudar. Também mostra o que você deve fazer: atualizar o CadÚnico, organizar seus documentos e acompanhar o anúncio do salário mínimo.
- Valor do BPC seguirá o novo salário mínimo previsto
- Renda familiar poderá ser avaliada pela média dos últimos 12 meses
- Perícias e processos usarão o modelo biopsicossocial
- Quem trabalhar pode manter o benefício via conversão para Auxílio‑Inclusão se não exceder o limite de renda
- Beneficiários devem atualizar o CadÚnico e organizar documentos
Novo valor do BPC e mudanças nas regras para 2026
Você que recebe ou pretende pedir o Benefício de Prestação Continuada (BPC) precisa saber: o benefício terá novo valor em 2026 e regras que afetam elegibilidade e manutenção entram em vigor. A estimativa é que o valor siga o salário mínimo previsto em R$ 1.631, com confirmação do governo entre dezembro e janeiro.
Principais mudanças em 2026
Haverá alterações no cálculo da renda familiar: em vez de considerar apenas o mês atual, o INSS poderá usar a média dos últimos 12 meses, reduzindo cortes por variações temporárias. Também serão excluídos certos ganhos — bolsas de estágio, contrato de aprendiz e indenizações — para não prejudicar quem tem entradas esporádicas.
A avaliação de pessoas com deficiência passará a ter padrão comum em processos administrativos e judiciais. A partir de março de 2026, casos na Justiça deverão seguir o modelo biopsicossocial, que considera condição médica e ambiente social. Alguns perfis, como pessoas com deficiência permanente, poderão ficar isentos de revisões periódicas.
Se você trabalha, não perderá o benefício automaticamente. Quando a remuneração for de até dois salários mínimos, o INSS pode converter o BPC no Auxílio‑Inclusão, para apoiar a entrada no mercado de trabalho sem corte abrupto.
Quem tem direito e como manter o benefício?
Têm direito: idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade que provem impedimento de longo prazo e baixa renda. A renda familiar per capita deve ser igual ou inferior a 1/4 do salário mínimo. O cadastro no CadÚnico precisa estar atualizado.
Renove o cadastro a cada dois anos ou sempre que houver mudança familiar. Falta de atualização pode gerar bloqueio ou suspensão do pagamento. Mantenha laudos, relatórios médicos e comprovantes de renda organizados.
Valor, alcance e impacto real
Atualmente (2025) o BPC está em R$ 1.518. A previsão para 2026 é R$ 1.631, se confirmada pelo governo. O benefício atinge cerca de 5,5 milhões de pessoas. Mesmo com aumento nominal, o ganho real dependerá da inflação e das regras vigentes, que podem limitar acréscimos acima da variação de preços.
Por que as regras mudam?
As mudanças visam dar mais proteção a quem tem renda instável, reduzir revisões injustas e alinhar critérios entre instâncias administrativas e judiciais. Há também o objetivo de estimular a inclusão no trabalho sem tirar a segurança financeira do beneficiário e reforçar controles contra irregularidades.
O que você deve fazer agora?
- Atualize o CadÚnico e mantenha os dados de endereço e composição familiar corretos.
- Acompanhe o anúncio do salário mínimo no fim do ano (confirmação do valor do BPC).
- Separe e atualize laudos médicos, relatórios e comprovantes de renda.
- Guarde comprovantes de recebimentos temporários que podem ser excluídos do cálculo.
- Responda às notificações do INSS e cumpra prazos de renovação.
Conclusão
Fique atento: o BPC terá alterações em 2026 no valor e nas regras que afetam cálculo de renda e avaliação de deficiência. Atualize o CadÚnico, organize documentos e acompanhe o anúncio do salário mínimo para evitar surpresas. Pequenos passos hoje evitam problemas amanhã.
Perguntas frequentes
O valor do BPC vai aumentar em 2026?
Sim. Deve seguir o salário mínimo estimado em R$ 1.631; confirmação sai no fim de 2025 ou início de 2026.
Quem pode receber o BPC em 2026?
Idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade, com renda per capita até 1/4 do salário mínimo e CadÚnico atualizado.
Se a renda familiar subir um pouco, posso perder o benefício?
Nem sempre. Com a média dos últimos 12 meses, variações temporárias têm menos risco de corte.
A perícia para pessoas com deficiência será diferente?
Sim. Desde março de 2026, processos judiciais passam a adotar o modelo biopsicossocial, que avalia saúde, função e contexto social.
Quem trabalha pode continuar recebendo o BPC?
Pode. Ganhos até 2 salários mínimos podem levar à conversão do BPC em Auxílio‑Inclusão; não há perda automática ao começar a trabalhar.
