Você vai ler sobre o aumento alarmante de feminicídios em São Paulo e o novo recorde registrado pela capital. O texto mostra como os casos são contabilizados pela Secretaria de Segurança Pública e explica a lei que tipifica o crime.
Traz relatos de violência recente, como a mulher arrastada por um carro e a mulher baleada no local de trabalho. A reportagem reúne dados oficiais, opinião de especialistas e o impacto para as vítimas e para as famílias. Leia para entender por que a prevenção precisa de ações na saúde, educação e assistência social.
Maior número de feminicídios em São Paulo em 2025
Você precisa saber: a cidade de São Paulo registrou 53 casos de feminicídio consumado entre janeiro e outubro de 2025 — o maior total desde o início da série histórica em abril de 2015.
Resumo dos dados
Entre janeiro e outubro de 2025 foram contabilizados 207 feminicídios em todo o estado de São Paulo, contra 191 no mesmo período de 2024 — um aumento de 8%. Os registros consideram apenas crimes consumados; tentativas não foram incluídas nos totais. Ainda faltam os dados de novembro e dezembro para o fechamento do ano.
Casos recentes que ilustram a gravidade
- Em 29 de novembro, uma mulher de 31 anos foi atropelada e arrastada por cerca de 1 km por um carro dirigido por um ex-companheiro até a Marginal Tietê. A vítima, mãe de duas crianças, sofreu lesões graves e teve as duas pernas amputadas. O motorista foi preso.
- Em 1º de dezembro, ocorreu uma tentativa de feminicídio em uma pastelaria no bairro Jardim Fontalis. Uma mulher de 38 anos foi atingida por pelo menos quatro disparos; ela foi socorrida por helicóptero e permanece em estado grave na UTI. O suspeito fugiu em uma moto; houve pedido de prisão temporária à Justiça.
Contexto legal e interpretação dos números
A tipificação do feminicídio como crime específico ocorreu em 2015, o que permitiu separar esses casos de outros homicídios. A lei prevê penas que variam de 12 a 30 anos quando o assassinato envolve violência doméstica, familiar ou motivação de gênero.
Pesquisadores e especialistas indicam que parte do aumento registrado pode refletir mudanças na classificação e no registro do crime, além de variações reais na ocorrência. Também apontam que a prevenção depende de políticas integradas nas áreas de educação, saúde, assistência social, renda, trabalho e habitação.
Conclusão
Os números não deixam dúvidas: São Paulo registrou 53 casos de feminicídio até outubro — e o estado soma 207. Não são apenas estatísticas; são vidas e famílias afetadas. A lei existe desde 2015, mas a aplicação e a prevenção falham. Não dá para varrer isso para debaixo do tapete. É preciso ações integradas em saúde, educação e assistência social, além de proteção imediata às vítimas.
Se você quer ver mudança, pressione autoridades, apoie redes de proteção e informe-se. Cada pequena medida impede que uma tragédia se repita.
Perguntas frequentes
Por que a cidade de São Paulo teve o maior número de feminicídios em 2025?
Há vários fatores: melhoria no registro desde 2015, aumento da violência e da misoginia, e falta de políticas integradas de prevenção e proteção. Especialistas destacam falhas em educação, saúde e assistência.
Quantos feminicídios foram registrados na cidade de São Paulo até outubro de 2025?
Foram 53 feminicídios consumados entre janeiro e outubro de 2025, segundo dados levantados pela GloboNews com base no Portal da Transparência da SSP. Novembro e dezembro ainda não foram contabilizados.
Esses números incluem tentativas de feminicídio?
Não. Só entram os feminicídios consumados. Tentativas, como a mulher arrastada por quase 1 km, não entram nas estatísticas oficiais de feminicídio consumado.
O que diz a lei sobre feminicídio e quais são as penas?
A lei tipificou o feminicídio em 2015 como homicídio qualificado ligado à violência doméstica e à motivação de gênero. As penas variam, geralmente entre 12 e 30 anos, e o crime é considerado hediondo.
O que especialistas e autoridades recomendam para reduzir os casos?
Ação integrada: investir em educação, saúde, assistência social e políticas de renda; melhorar proteção às vítimas; acelerar investigações; e implementar medidas preventivas nas comunidades.
