Você pode ter mais espaço para crédito com o aumento do salário mínimo, mas a maioria dos beneficiários ainda não sabe calcular o impacto dessa margem consignável no INSS. Aqui você vai aprender, com passos simples, como calcular e usar a nova margem sem arriscar seu benefício.
- Muitos beneficiários não sabem calcular o impacto da nova margem consignável
- A margem aumentará com o reajuste do salário mínimo
- O aumento permite empréstimos maiores, mas pode levar ao endividamento
- O cálculo é simples e pode ser feito pelo Meu INSS ou pelo banco
- Planeje a contratação e evite comprometer todo o benefício
Nova margem consignável do INSS: o que você precisa saber
Uma mudança na margem consignável do INSS ligada ao reajuste do salário mínimo pode aumentar o crédito disponível para aposentados, pensionistas e beneficiários assistenciais. Segundo levantamento da meutudo, via Datatudo, 66% dos entrevistados disseram não saber calcular como essa alteração impacta o próprio benefício. O salário mínimo para 2026 foi definido em R$ 1.621,00, o que eleva em reais o valor correspondente à margem, mesmo que as porcentagens permaneçam iguais.
Como a mudança afeta o seu benefício
A margem consignável é o limite do seu benefício que pode ser usado para pagar parcelas descontadas na folha. Para a maioria dos segurados a divisão vigente é:
- 35% do benefício para empréstimos consignados;
- 5% para cartão de crédito consignado;
- 5% para cartão benefício consignado.
Para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) a regra difere: até 30% para empréstimos e 5% para um dos cartões consignados — veja detalhes sobre a margem do consignado para BPC. Com o aumento do salário mínimo, o valor em reais desses percentuais sobe, permitindo contratar prestações de maior valor sem alterar os percentuais autorizados.
Como calcular o impacto no seu benefício
Identifique o valor atual do seu benefício e aplique os percentuais oficiais. Exemplo com benefício de R$ 1.518,00:
- 35% para empréstimos: 1.518 × 0,35 = R$ 531,30
- 5% para cada cartão: 1.518 × 0,05 = R$ 75,90
- Total da margem disponível: R$ 683,10
Use esse método com o valor atualizado do seu benefício após o reajuste para saber quanto em reais ficará disponível. Se quiser confirmar se já há margem aberta para contratar, verifique com a simulação disponível em instituições que já calcularam a nova faixa, como explicado no texto sobre o novo salário mínimo e a nova margem de consignado.
Riscos e recomendações
A pesquisa mostra falta de informação entre beneficiários, o que pode levar à contratação de empréstimos acima da capacidade ou ao uso impulsivo da margem. Recomendações:
- Confirme o valor do seu benefício no Meu INSS;
- Planeje quanto da renda mensal pode destinar a parcelas;
- Evite comprometer todo o benefício; mantenha reserva para despesas essenciais.
- Compare propostas e simule antes de assinar — bancos e algumas instituições já permitem simulações com base no novo salário mínimo; saiba como simular e comparar valores na cobertura sobre o impacto do novo salário mínimo no consignado.
- Se desconfiar de descontos indevidos, informe-se sobre como o INSS tem exigido devolução de valores e como verificar se você tem direito a devoluções de consignados.
Consulte sempre os canais oficiais do INSS e compare ofertas antes de fechar contrato.
Conclusão
O aumento do salário mínimo ampliou em reais a sua margem consignável, abrindo uma janela maior de crédito — mas também maior risco de endividamento. Calcule com calma (35%, 5% ou 30% no caso do BPC), simule em canais oficiais ou no banco e compare propostas. Planeje quanto da sua renda pode ir para parcelas e evite comprometer todo o benefício.
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