Na última quinta-feira, as bolsas europeias encerraram o dia com ganhos moderados. Este movimento ocorreu em um ambiente de baixa liquidez, em razão do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, que manteve as bolsas americanas fechadas. Apesar dessa particularidade, os índices europeus apresentaram desempenho positivo.
O índice pan-europeu Stoxx 600 registrou um avanço de 0,45%, fechando em 507,23 pontos. Após ele, o DAX de Frankfurt subiu 0,85%, alcançando 19.425,73 pontos. O FTSE 100 de Londres teve um aumento mais tímido de 0,08%, com 8.281,22 pontos, e o CAC 40 de Paris avançou 0,51%, fechando em 7.179,25 pontos.
Aceleramento da Inflação na Alemanha
Recentemente, os números sobre a inflação na Alemanha foram divulgados, registrando uma aceleração para 2,2% em novembro comparado ao mesmo mês do ano anterior. Este aumento superou a marca de 2% relatada em outubro, mas ficou ligeiramente abaixo do consenso de 2,3% esperado por economistas, de acordo com o “Wall Street Journal”.
Essa taxa permanece acima da meta de 2% estipulada pelo Banco Central Europeu (BCE). A expectativa agora gira em torno da divulgação dos dados da inflação na zona do euro, prevista para os próximos dias. Analistas não acreditam que os números da Alemanha e da Espanha, que também relataram uma inflação de 2,4% em novembro, impactarão fortemente os índices zonais.
Qual é a Próxima Passo do Banco Central Europeu?
Há especulações sobre as próximas ações do Banco Central Europeu, especialmente no que concerne ao corte das taxas de juros. A pesquisa econômica realizada pela Capital Economics prevê um corte de 50 pontos-base em dezembro, em contraste com a expectativa de um corte mais modesto de 25 pontos-base. Há uma argumentação forte pela aceleração dos cortes, considerando a redução dos riscos inflacionários e temores de uma possível estagnação econômica prolongada.
Possíveis Tensões Comerciais entre Europa e Estados Unidos
A presidente do BCE, Christine Lagarde, expressou preocupações sobre um possível aumento da inflação a curto prazo, caso uma guerra tarifária seja iniciada entre a Europa e os Estados Unidos. O recém-eleito presidente americano, Donald Trump, ainda não esclareceu seus planos tarifários para produtos importados da Europa, o que aumentou as tensões.
Lagarde destacou que uma guerra comercial ampla seria prejudicial não apenas para os países alvos das tarifas dos EUA, mas para todos os envolvidos. Essa apreensão foi comunicada durante uma entrevista ao “Financial Times”.
Sem dúvida, a comunidade internacional aguarda ansiosamente o desenrolar das negociações e as decisões políticas que irão impactar os mercados nos próximos meses.