Você vai ler sobre uma mudança importante no caminho do Real Digital. O Banco Central confirmou o desligamento da infraestrutura usada nos pilotos do DREX, baseada em Hyperledger Besu. Não é o fim do projeto: é uma troca estratégica por causa de falhas de privacidade e desafios de escalabilidade. A nova tecnologia será escolhida para a próxima etapa e os testes vão se aprofundar.
- Banco Central desligou a infraestrutura DREX baseada em Hyperledger Besu
- Desligamento é mudança estratégica e não fim do projeto
- Motivo: busca por mais privacidade, segurança e escalabilidade
- Nova tecnologia será escolhida na próxima fase e testes de privacidade serão ampliados
- Projeto segue ativo e mira integrar bancos, fintechs e serviços como PIX e Open Finance
Você precisa saber: Banco Central desliga infraestrutura do DREX e mira nova fase em 2026
O Banco Central confirmou a decisão de desligar a infraestrutura usada nas fases iniciais do DREX, a plataforma baseada em Hyperledger Besu. Fontes indicam que o corte será feito na próxima semana. Isso não encerra o projeto, mas prepara a transição para uma nova etapa tecnológica.
Por que isso importa?
A medida afeta os testes do Real Digital, a versão eletrônica do real. A principal razão foi a necessidade de resolver pontos de privacidade e segurança identificados nos pilotos. Em resumo: o projeto busca maior proteção dos dados e conformidade regulatória antes de avançar.
Prazo e próxima tecnologia
Fontes ligadas ao processo informam que a fase 3 do DREX está prevista para começar no início de 2026. Nessa etapa, o Banco Central escolherá uma nova base tecnológica para substituir a Hyperledger Besu, com foco em melhorar escalabilidade, privacidade e robustez.
O que foi testado até agora?
Nas fases anteriores houve chamadas públicas para propostas. A primeira fase focou em entrega contra pagamento (DvP) para títulos públicos — 16 propostas foram selecionadas. Na segunda fase, 13 temas seguiram em desenvolvimento entre os consórcios, com 42 tópicos submetidos ao total. Relatos apontam que os objetivos de privacidade não foram plenamente alcançados na infraestrutura atual.
Impacto técnico e opções
Especialistas avaliam que a Hyperledger Besu trouxe transparência e flexibilidade, mas teve limitações em privacidade e escala. Alternativas como Corda, Quorum e Substrate são consideradas, pois oferecem características distintas que podem atender melhor aos requisitos de uma CBDC.
O que vem na fase 3
A próxima fase pretende ampliar testes entre bancos, fintechs e órgãos públicos. Haverá foco maior em contratos inteligentes e tokenização de ativos. Também serão aprofundados testes de criptografia e proteção de dados.
Expectativa e cronograma
O Banco Central ainda não divulgou o relatório final da fase 2. Espera-se que o documento traga detalhes sobre desempenho e lições aprendidas. Se o cronograma for mantido, a fase 4 poderá incluir testes controlados com o público após 2026, aproximando o Real Digital da sua versão final.
Conclusão
O desligamento da infraestrutura baseada em Hyperledger Besu não é um ponto final, mas uma troca estratégica do Banco Central para priorizar privacidade, segurança e escalabilidade. Na prática, isso significa mais checagens, mais testes e uma nova tecnologia a caminho da fase 3 prevista para 2026 — menos comodidade imediata e mais solidez no longo prazo.
Pense nisso como ajustar as velas antes de seguir viagem: o barco do Real Digital continua no mar, agora com rumo mais bem traçado. Para o usuário, a consequência pode ser um sistema de pagamentos mais protegido e integrado com bancos, fintechs e serviços como PIX e Open Finance.
