Você vai ler sobre o projeto de poder de Eduardo Bolsonaro e a ameaça de sair do PL levando cerca de trinta deputados, enquanto lideranças do partido desacreditam a estimativa e chegam a rir. O cerne do conflito é dinheiro e falta de estrutura de comunicação, segundo dirigentes.
O texto traz a reação dos aliados do partido, o destaque do PL Mulher sob Michelle e a atuação de Eduardo desde os Estados Unidos — com consequências na cena internacional e nas reações de aliados e adversários — e explica motivações, possíveis destinos partidários e o impacto interno na legenda.
Eduardo Bolsonaro ameaça sair do PL e diz poder levar cerca de 30 deputados; direção do partido descarta cenário
Você precisa saber: Eduardo Bolsonaro vem articulando a possibilidade de deixar o PL e afirma que pode mobilizar até 30 dos 88 deputados da bancada. Dirigentes do partido, no entanto, tratam a estimativa com ceticismo e chegam a desconsiderá‑la publicamente.
Motivo central: disputa por recursos e espaço para comunicação
Segundo lideranças do PL, a principal reclamação do deputado é falta de recursos para sua comunicação política. Relatos internos indicam que Eduardo se sente sem espaço para construir uma imagem própria como potencial sucessor do pai, e que parte da frustração vem da diferença no apoio financeiro recebido por segmentos do partido, como a área feminina liderada por Michelle Bolsonaro.
A questão financeira ganha contornos mais amplos diante de escândalos sobre pagamentos indevidos que alteram o debate público sobre recursos e responsabilização.
Para entender a distribuição de recursos aos partidos e regras de financiamento, confira a explicação oficial sobre fundos partidários.
Radicalização interna e opção por migrar para outra sigla
Fontes próximas ao entorno de Eduardo dizem que a ala mais radical do PL o incentiva a buscar um novo caminho fora da legenda. Entre as hipóteses apontadas está a migração para o PRTB, mas não há confirmação sobre destino ou calendário.
Aliados do deputado avaliam a situação como insustentável, sem, porém, determinar prazo para uma eventual saída. Essa movimentação também é vista no contexto mais amplo do cenário para as eleições de 2026, em que mudanças de sigla e alianças podem redesenhar estratégias eleitorais.
Para esclarecer possíveis consequências legais da mudança, veja como funciona a troca de partido na Câmara dos Deputados.
Direção do PL reage e minimiza ameaça
Dirigentes ligados ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, relatam desprezo pela afirmação de que 30 deputados o acompanhariam. A avaliação interna é de que a projeção é exagerada e alguns parlamentares entendem que pode ser uma manobra para ganhar atenção. A direção também aponta que Michelle transformou o PL Mulher em uma estrutura ativa e daí teria origem parte das queixas sobre apoio desigual.
Riscos políticos para Eduardo em caso de saída
Se Eduardo deixar o PL, ele pode perder garantias de proteção política que hoje recebe no Congresso. Fontes do partido lembram que o líder da bancada na Câmara tem atuado em defesa do mandato do deputado, e a mudança de sigla poderia alterar esse respaldo. Além do risco institucional, há custos pessoais e de imagem — situação similar àquela descrita em reportagens que analisam o risco de perda de cargos e o que está em jogo para aliados próximos: possibilidade de perder garantias políticas.
Conclusão
O cenário mistura ambição pessoal e disputa por recursos. A hipótese de Eduardo Bolsonaro sair do PL com 30 deputados soa como um aviso firme, mas também como fumaça — muita retórica e poucas certezas.
O núcleo do conflito é claro: falta de estrutura de comunicação e disputa por apoio financeiro, o que explica a frustração e a opção de procurar outro caminho, possivelmente rumo ao PRTB, enquanto a direção do partido minimiza o potencial êxodo.