Um estudo recente publicado no periódico “Alzheimer’s and Dementia” revela uma nova ligação entre cochilos diurnos prolongados e o risco de demência em idosos. Segundo a pesquisa, pessoas que cochilam diariamente ou por mais de uma hora ao dia têm 40% mais chances de desenvolver demência do que aquelas que não possuem esse hábito.
Padrões de Sono e Risco de Demência
O estudo sugere que o aumento na duração e frequência dos cochilos pode indicar um risco elevado de demência. Segundo o autor Peng Li, monitorar o sono diurno e noturno em adultos mais velhos pode ser essencial para avaliar sua saúde mental. O aumento rápido na frequência dos cochilos diurnos, conforme revelado na pesquisa, pode ser um sinal inicial da progressão da doença de Alzheimer.
Metodologia e Resultados
Com o uso de um dispositivo semelhante a um relógio, chamado Actical, mais de 1.000 idosos com média de 81 anos foram monitorados por até 14 dias para analisar seus hábitos de sono. A equipe de pesquisadores usou um algoritmo que detecta padrões de sono, registrando a duração e a frequência dos cochilos.
Os resultados mostraram que cochilos mais frequentes e prolongados estão associados ao aumento da idade e, particularmente, à progressão da demência. Mesmo considerando fatores de risco comuns, como a idade e a qualidade do sono noturno, os cochilos diurnos prolongados se destacaram como um potencial fator de risco para o desenvolvimento do Alzheimer.
Um Ciclo Vicioso?
Os autores do estudo descrevem a relação entre cochilos diurnos e declínio cognitivo como um “ciclo vicioso”. O aumento dos cochilos pode tanto ser um sinal inicial da demência quanto contribuir para sua aceleração. A equipe recomenda que futuras pesquisas avaliem se reduzir os cochilos diurnos pode de fato diminuir o risco de Alzheimer.