Neste artigo você vai entender como decidir entre usar o 13º salário ou o PIS/Pasep para pagar dívidas e reduzir juros altos. Vou mostrar quando priorizar débitos com juros maiores e quando usar o outro benefício como complemento.
Haverá orientações práticas de planejamento — listar dívidas e taxas, reservar parte para despesas de início de ano e formar uma reserva de emergência — para transformar esses recursos em proteção para sua saúde financeira e evitar novo endividamento.
Entendendo 13º salário e PIS/Pasep
- 13º salário: um salário extra para quem trabalha com carteira assinada, pago em até duas parcelas. Geralmente tem valor maior que o abono e é boa oportunidade para ajeitar contas antes de janeiro.
- PIS/Pasep: abono anual para quem atende requisitos (cadastro, meses trabalhados, teto de renda). O valor pode chegar a um salário mínimo e é um reforço importante para quem tem direito.
Por que usar o 13º salário primeiro para dívidas caras?
Se você tem dívida no cartão ou no cheque especial, o problema é prioridade: juros podem superar 300% ao ano. O 13º costuma ser maior que o PIS/Pasep e é ideal para atacar essas dívidas caras e reduzir o impacto dos juros no seu orçamento. A lógica é simples: pagar onde o custo é maior — fechar a torneira que mais vaza.
E o PIS/Pasep? Quando ele deve entrar no plano
Use o PIS/Pasep como complemento, para:
- pagar outras contas em aberto;
- cobrir despesas de início de ano (IPVA, IPTU, matrículas);
- formar ou reforçar a reserva de emergência.
Se suas dívidas têm juros baixos, avalie pagar parte com o PIS/Pasep e guardar o 13º para despesas previsíveis. Planeje antes de gastar para evitar decisões por impulso.
PIS/Pasep 2026
Fique atento ao calendário de saques em 2026 — as datas costumam seguir o número do cadastro. Verifique o calendário oficial ou no app do banco e não deixe o dinheiro esquecido: prazos expiram.
Como decidir entre 13º salário e PIS/Pasep?
Siga este roteiro prático:
- Liste suas dívidas: valor, taxa de juros e parcela mensal.
- Identifique a dívida que mais corrói sua renda (normalmente cartão ou cheque especial).
- Use o 13º para eliminar ou reduzir muito essa dívida cara.
- Use o PIS/Pasep para custos do início do ano ou para reserva de emergência.
- Se sobrar dívida, faça amortizações pequenas e constantes.
Exemplo: se você tem R$ 5.000 no cartão a 200% ao ano e R$ 2.000 em parcelamento a 5% ao mês, foque no cartão primeiro. Pague o que custa mais.
Otimização financeira começa com prioridades claras
Passos simples:
- Pare e faça a lista das contas.
- Coloque as mais caras no topo.
- Decida o que pagar com cada recurso.
- Não gaste antes de planejar.
Mesmo reservar R$ 200 ou R$ 300 para emergência já ajuda. Pequenas reservas evitam grandes problemas.
Planejamento prático antes de gastar
Pergunte-se:
- Qual dívida faz meu orçamento sangrar mês a mês?
- Tenho contas fixas no começo do ano?
- Posso reduzir gastos temporariamente para quitar dívida cara?
Se a resposta for sim, cortar gastos e usar o 13º para a dívida cara vale a pena. Negocie com o banco prazos melhores se precisar — não é vergonha pedir calma para quem emprestou o dinheiro.
Dicas rápidas e fáceis
- Anote tudo; papel e caneta funcionam bem.
- Priorize o que custa mais caro.
- Guarde ao menos uma parte para imprevistos.
- Não use os dois recursos para compras por impulso.
- Compare propostas de renegociação antes de aceitar.
Um pequeno diálogo que ilustra
“Mas e se eu precisar do dinheiro para pagar o IPVA?” — Use parte do PIS para isso e o 13º para a dívida cara.
“Se eu pagar tudo do cartão, como começo o ano?” — Comece com uma reserva pequena e corte gastos até criar o hábito.
Conclusão
De forma geral, usar o 13º salário para atacar primeiro dívidas com juros altos (cartão e cheque especial) e deixar o PIS/Pasep como complemento para despesas do início do ano ou para reforçar a reserva de emergência é a estratégia mais eficiente para reduzir custos financeiros. Planeje, faça sua lista, pague o que custa mais e reserve parte para IPVA, IPTU e imprevistos. Negociar prazos com credores pode dar o fôlego necessário.
Perguntas frequentes
Devo usar o 13º ou o PIS/Pasep primeiro para pagar dívidas?
Use o 13º primeiro se tiver dívidas com juros muito altos (cartão, cheque especial). Depois, use o PIS/Pasep para completar pagamentos ou formar reserva.
Como comparar minhas dívidas para decidir?
Liste cada dívida, anote a taxa de juros e o saldo. Priorize pagar primeiro as que têm juros maiores.
Preciso guardar parte do 13º ou do PIS/Pasep para despesas do começo do ano?
Sim. Reserve parcela para IPVA, IPTU, matrículas e gastos obrigatórios para evitar novo endividamento.
E se meu PIS/Pasep for pouco e não quitar a dívida?
Use-o para amortizar a dívida mais cara ou para criar uma reserva. Reduzir o saldo já corta juros no longo prazo.
Não sei o que fazer — devo procurar ajuda?
Sim. Um orientador financeiro ou consultoria simples ajuda a listar dívidas, comparar juros e montar um plano claro.
