Você já ouviu falar no caso de Juliana Marins? Esse é um mistério que mistura tragédia, burocracia e uma busca por verdade. A família dela agora quer que a autópsia seja refeita no Brasil. Saiba o que está por trás desse pedido.
O que motivou a família a recorrer à Justiça?
Juliana, de 26 anos, brasileira natural de Niterói (RJ), morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, em meados de junho de 2025. A autópsia foi feita em Bali e concluiu que a causa da morte foi um traumatismo grave por queda, com múltiplas fraturas, lesões internas e hemorragia — descartando hipotermia como fator fatal.
No entanto, caiu mal para a família o fato de terem tido acesso aos resultados pela imprensa antes mesmo de serem informados oficialmente pelos legistas indonésios. Para eles, isso foi um absurdo e aprofundou a desconfiança sobre a transparência no primeiro laudo.
Quem deu apoio e como foi feito o pedido?
A irmã de Juliana, Mariana Marins, por meio de um perfil oficial nas redes sociais, anunciou que acionou a Defensoria Pública da União (DPU‑RJ) com apoio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) da Prefeitura de Niterói para solicitar à Justiça Federal uma nova perícia médico‑legal no corpo da jovem, desta vez no Brasil.
O pedido foi protocolado durante o plantão judicial no domingo, 29 de junho de 2025, e aguarda decisão do juízo competente. Mariana declarou confiar no Juízo Federal brasileiro e esperar uma resposta nas próximas horas.
Por que querem refazer a autópsia?
O objetivo principal da família é confirmar ou esclarecer se a autópsia inicial deixou passar algo relevante, se houve falhas na análise ou mesmo interpretação dos dados. Eles reforçam que buscam apenas entender melhor o que aconteceu com Juliana, sem acusações precipitadas.
O que diz o laudo original da Indonésia?
O legista indonésio Ida Bagus Putu Alit afirmou, em entrevista coletiva no dia 27 de junho, que Juliana sofreu trauma torácico grave e morreu em aproximadamente 20 minutos após a queda. Ele complementa que não houve sinais clássicos de hipotermia, mesmo com temperaturas próximas de 0 °C à noite na montanha.
A partir do laudo, estima‑se o óbito entre 1h e 13h do dia 25 de junho (horário local) — ou seja, entre as madrugadas do dia 24 e da manhã do dia 25, no horário de Brasília.
E o traslado do corpo? Qual é a situação atual?
O corpo de Juliana permanece ainda na Indonésia, aguardando o translado para o Brasil. A Prefeitura de Niterói autorizou o custeio de R$ 55 mil para a transferência, cobrindo despesas de repatriação e cerimônia de sepultamento na cidade natal.
A família também denuncia dificuldades com a companhia aérea Emirates, responsável pelo transporte. Segundo eles, o voo estava confirmado, mas a empresa informou que o bagageiro estava “lotado” e deixou de confirmar a viagem. Eles classificam isso como descaso total.
Além disso, o governo federal, por meio de decreto presidencial (Decreto nº 12.535/2025), autorizou o apoio executivo para casos como esse — invertendo a norma anterior que proibia o Itamaraty de custear translados.
Em poucas palavras: resumo do caso
Elemento | Detalhes principais |
---|---|
Quem | Juliana Marins, 26 anos, publicitária de Niterói |
O que aconteceu | Caiu durante trilha no Monte Rinjani (Indonésia), sofreu queda de ~300 m |
Autópsia original | Realizada em Bali, apontou morte por trauma — sem hipotermia |
Motivo da nova autópsia | Família quer certeza e contestar falhas ou omissões no laudo indonésio |
Pedido judicial | Protocolado em 29 de junho de 2025 na Justiça Federal com apoio da DPU e Niterói |
Translado pendente | Corpo ainda está na Indonésia — repatriação aguardando voo da Emirates |
Perguntas Frequentes (FAQ)
Qual foi a causa apontada pela autópsia indonésia?
A causa foi trauma contundente por queda, com múltiplas fraturas, lesões internas e hemorragia. Não houve sinal de hipotermia.
Por que a família quer uma nova autópsia no Brasil?
Eles buscam maior precisão e transparência, questionam a divulgação precoce à imprensa e querem confirmar se algo foi interpretado ou omitido .
Quem protocolou o pedido e quando?
A Defensoria Pública da União com apoio da Prefeitura de Niterói protocolou o pedido à Justiça Federal em 29 de junho de 2025.
O corpo de Juliana já foi trazido?
Ainda não. A família espera o voo confirmando o traslado, mas diz enfrentar dificuldades com a companhia aérea.