A situação na Faixa de Gaza chegou a um ponto crítico. Após mais de 11 semanas de bloqueio severo imposto por Israel, milhares de palestinos enfrentam fome extrema. Famílias inteiras estão recorrendo a medidas desesperadas, como revirar escombros em busca de comida ou enfrentar longas filas arriscadas por pacotes de ajuda.
Mesmo com a liberação recente de algumas cargas humanitárias, a distribuição tem sido falha, especialmente no norte de Gaza, onde o cenário é de completo abandono.
Quem está controlando a ajuda humanitária e por que há tantas críticas?
Desde o início de 2025, a distribuição de alimentos passou a ser feita pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), criada com apoio dos Estados Unidos e de Israel. Essa mudança, que excluiu organizações tradicionais como a ONU, gerou duras críticas.
Denúncias indicam que os centros de distribuição da GHF estão militarizados e operam sem transparência. Em muitos casos, a ajuda é entregue sob forte presença armada, e há relatos de uso desproporcional da força.
Civis estão morrendo tentando conseguir comida?
Infelizmente, sim. Mais de 100 pessoas morreram em apenas três dias tentando acessar centros de distribuição. Em Rafah, soldados israelenses abriram fogo contra civis famintos. O exército alega que havia suspeitos entre a multidão, mas organizações internacionais classificaram o ato como desproporcional e trágico.
A cena de palestinos sendo mortos enquanto tentavam pegar alimentos resume o colapso humanitário em curso.
Quais os números da fome em Gaza?
A ONU alerta para o risco real de fome em massa. Segundo dados recentes:
- Cerca de 470 mil pessoas estão em risco iminente de inanição
- 100% da população enfrenta insegurança alimentar severa
- Hospitais, ambulâncias e sistemas de água entraram em colapso por falta de combustível
A escassez vai além da comida: não há medicamentos, produtos de higiene ou energia. É uma crise total.
Existe alguma perspectiva de melhora?
A comunidade internacional segue pressionando por um cessar-fogo imediato e pela retomada da ajuda humanitária sob supervisão neutra. No entanto, o bloqueio segue ativo em grande parte da região, dificultando qualquer avanço.
Enquanto isso, a população enfrenta uma escolha cruel: arriscar a vida por um pacote de arroz ou morrer de fome em casa.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Quem é responsável pelo bloqueio em Gaza?
O bloqueio é imposto por Israel, com apoio do Egito, sob justificativa de segurança e contenção do Hamas. No entanto, tem afetado gravemente a população civil.
A ajuda internacional está entrando em Gaza?
Sim, mas de forma extremamente limitada e irregular. A distribuição é controlada pela Fundação Humanitária de Gaza, que enfrenta diversas denúncias de má gestão.
É possível ajudar os civis em Gaza?
Sim. Doações podem ser feitas a organizações reconhecidas, como Cruz Vermelha, Médicos Sem Fronteiras e Programa Mundial de Alimentos, que atuam na região sempre que possível.
A ONU ainda atua na distribuição de ajuda?
Atualmente, a atuação da ONU foi limitada pelo novo modelo imposto por Israel e EUA, que passou a utilizar uma fundação privada para gerenciar os recursos.
Crianças também estão sendo afetadas?
Sim. Crianças são as mais vulneráveis à desnutrição e às doenças causadas pela falta de água potável e saneamento. Há registros de mortes por fome e sede entre menores.
A crise em Gaza pode ser considerada uma emergência humanitária?
Sim. A ONU classifica a situação como uma das piores crises humanitárias em curso no mundo.