Você vai ler sobre um escândalo no INSS que usou biometria para cadastrar aposentados de forma fraudulenta. A AASPA é apontada como responsável. Empresas como Uber, Serasa, Sicoob e Caixa aparecem nas investigações, mas negam vínculo. Reportagens acionaram a Polícia Federal e a CGU. O caso revela falhas na validação de dados e mostra que seus direitos podem estar em risco.
Escândalo no INSS expõe uso irregular de biometria e envolve grandes empresas
Uma investigação federal revelou um esquema que usou biometrias de aposentados para incluir benefícios e associá‑los à entidade AASPA. A operação levou a ações da Polícia Federal e da Controladoria‑Geral da União (CGU) e resultou em demissões no alto escalão do governo.
O que foi descoberto
As apurações indicam que a AASPA, presidida por Anderson Ladeira Viana, teria usado validações biométricas falsas para filiar aposentados. A associação teria contratado a empresa de tecnologia Deltafox, mas as checagens biométricas teriam sido executadas por terceiros sem contrato formal. Entre os nomes citados nas investigações estão Uber, Serasa, Sicoob e Caixa, todos declarando não ter vínculo com a AASPA ou com as supostas validações.
Como as investigações começaram
Reportagens publicadas desde dezembro de 2023 motivaram as apurações da PF e da CGU, que passaram a analisar descontos indevidos em benefícios e a origem das inclusões de associados.
Dados e alcance da fraude
A CGU analisou 3,7 mil CPFs e identificou 103 tentativas suspeitas de inclusão de novos filiados entre junho de 2024 e janeiro de 2025. Poucas tentativas foram aceitas, e mesmo essas não teriam sido validadas pela empresa contratada pela AASPA. Relatórios apontam que as supostas validações foram feitas por terceiros, fora dos critérios técnicos exigidos.
Empresas citadas e reações
As empresas mencionadas informaram que não possuem contratos com AASPA ou Deltafox. A Uber afirmou que seu acordo com serviços públicos de tecnologia é para uso interno, sem relação com validações externas. Caixa, Serasa e Sicoob também negaram vínculo e declararam que vão colaborar com as autoridades. A apuração da CGU e da PF segue para determinar responsabilidades.
Consequências imediatas
O caso resultou na saída do ex‑ministro da Previdência Carlos Lupi e do ex‑presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, segundo fontes oficiais. As investigações continuam para identificar responsáveis e reparar prejuízos a beneficiários.
O que fazer se você suspeitar de fraude
- Verifique seus extratos e o portal Meu INSS com frequência.
- Consulte eventuais consignados e lançamentos em conta.
- Registre contestação no INSS e junte documentos comprobatórios.
- Faça boletim de ocorrência se houver indícios de fraude.
- Procure a Defensoria Pública ou um advogado para orientação e ação judicial, se necessário.
A ação imediata é o melhor escudo contra descontos indevidos ou inclusões não autorizadas.
Conclusão
O escândalo expõe falhas graves no uso da biometria pelo INSS e aponta a AASPA como possível responsável. PF e CGU já atuam no caso; a investigação pode demorar, mas não deixe de acompanhar atualizações e proteger seus direitos.
Perguntas frequentes
- O que aconteceu no escândalo do INSS que citou a biometria e a Uber?
A AASPA é acusada de usar validações biométricas falsas para incluir associados e descontar benefícios; empresas como Uber, Serasa e Caixa foram citadas, mas negam vínculo; PF e CGU investigam. - Meu benefício corre risco por causa desse esquema?
Sim. Há risco de descontos indevidos ou inclusão de empréstimos se seu CPF foi usado; verifique extratos e comunique o INSS imediatamente. - Como descubro se minha biometria ou CPF foi usado?
Consulte o Meu INSS, cheque extratos bancários, verifique consignados e entre em contato com o INSS (telefone 135) ou a agência para confirmar. - O que fazer se encontrar desconto ou alteração no meu benefício?
Registre a contestação no INSS, junte documentos, faça boletim de ocorrência e busque apoio da Defensoria ou de um advogado. - A Uber e outras empresas são responsáveis pelo esquema?
As empresas citadas negam contratos com a AASPA; a CGU aponta uso indevido de validações atribuídas a elas; a investigação vai apurar responsabilidades.
