Você precisa saber que o sistema de aposentadoria do INSS terá mudanças a partir de janeiro de 2026. A idade mínima sobe seis meses e os requisitos de contribuição também avançam. Se está perto de se aposentar, confira seu CNIS e faça um planejamento agora. Este texto explica as regras de transição e o que fazer para não ser pego de surpresa.
- Idade mínima para aposentadoria sobe a partir de janeiro de 2026
- Mulheres e homens terão requisitos diferentes
- Regras de transição e pedágio continuam valendo
- Confira o CNIS e simule o benefício antes de pedir
- Quem cumprir os requisitos até 31/12/2025 mantém as regras antigas
Aumento da idade mínima em 2026: o que muda e o que você precisa saber
A partir de janeiro de 2026, o INSS aplicará nova etapa da transição prevista pela Reforma da Previdência de 2019. A idade mínima sobe seis meses em relação ao ano anterior. Se você não tiver cumprido os requisitos até 31/12/2025, será afetado pela alteração.
Principais ajustes para 2026
Para quem requerer aposentadoria a partir de janeiro de 2026:
- Mulheres: 59 anos e 6 meses de idade e 30 anos de contribuição.
- Homens: 64 anos e 6 meses de idade e 35 anos de contribuição.
Esses acréscimos de seis meses ocorrem todo ano até que a idade mínima chegue a 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, conforme o cronograma da reforma.
Regra de pontos e outros critérios
A soma da idade com o tempo de contribuição (regra de pontos) também sobe em 2026:
- Mulheres: 93 pontos, com no mínimo 30 anos de contribuição.
- Homens: 103 pontos, com no mínimo 35 anos de contribuição.
Esses totais aumentam um ponto por ano até atingir 100 pontos para mulheres e 105 pontos para homens, segundo a transição prevista.
Regras de transição: pedágio
Ainda existem alternativas para quem já contribuía antes da reforma:
- Pedágio de 50%: vale para trabalhadores que, em 2019, tinham menos de dois anos para completar o tempo mínimo de contribuição. Não exige idade mínima adicional, mas pede cumprimento de metade do tempo que faltava em 2019.
- Pedágio de 100%: exige idade mínima de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens, além de cumprir o dobro do tempo que faltava para atingir o tempo mínimo em 2019.
Essas regras visam acomodar diferentes perfis de segurados.
O que fazer agora (passos práticos)
- Consulte seu CNIS no Meu INSS e verifique se há erros.
- Corrija inconsistências do CNIS antes de pedir a aposentadoria (apoio no posto do INSS ou pelo Meu INSS).
- Reúna todos os comprovantes de trabalho e contribuições; guarde protocolos.
- Simule o benefício no Meu INSS para saber se compensa pedir agora ou aguardar.
- Se estiver próximo de completar requisitos, avalie antecipar o pedido para manter as regras antigas.
- Procure orientação especializada (contabilista, advogado previdenciário ou sindicato) em caso de dúvidas.
Riscos: pedido negado ou invalidado
Quem pedir aposentadoria depois de 31/12/2025 sem cumprir a nova idade mínima ou o tempo de contribuição corre risco de ter o pedido negado, ou invalidado. Também há risco se houver erros no CNIS, documentação incompleta ou indícios de fraude (que podem levar a cancelamento e cobrança)
Conclusão
A partir de janeiro de 2026 as regras do INSS mudam: a idade mínima sobe seis meses e os requisitos de contribuição avançam. Se estiver perto de se aposentar, não fique parado: confira seu CNIS, corrija erros, simule o benefício e planeje o pedido.
Organize documentos, guarde comprovantes e busque orientação especializada quando necessário — assim você reduz o risco de surpresas e protege seu direito à aposentadoria.
