O ano de 2025 começou com mudanças significativas para o crédito consignado do INSS, superando em alterações o ano de 2024. Com o objetivo de tornar o empréstimo mais vantajoso tanto para os bancos quanto para os segurados, pelo menos duas novidades importantes já foram implementadas nos primeiros meses do ano.
O crédito consignado do INSS é uma modalidade de empréstimo que permite a aposentados, pensionistas e outros segurados do Instituto Nacional do Seguro Social contratar crédito com desconto direto na folha de pagamento. Esta modalidade é vantajosa devido à garantia de pagamento, o que geralmente resulta em taxas de juros mais baixas em relação a outros tipos de empréstimo. Atualmente, é possível comprometer até 35% do benefício mensal com a parcela do empréstimo e outros 10% com a fatura do cartão consignado.
Qual é o novo teto de juros do crédito consignado do INSS?
Desde janeiro de 2025, houve uma alteração no teto de juros aplicável ao crédito consignado do INSS. Esse ajuste significa que o custo para contratar esse tipo de empréstimo aumentou. Em vez de pagar, por exemplo, R$ 10 mil, o segurado sempre desembolsará um valor maior devido aos juros aplicados durante o prazo de pagamento.
O novo teto de juros para o empréstimo consignado agora varia de 1,66% a 1,80% ao mês. É importante destacar que este é o limite máximo; portanto, algumas instituições bancárias podem oferecer taxas inferiores a essas. Esse ajuste visa equilibrar o custo de concessão de crédito com as condições do mercado financeiro atual.
Quais são as mudanças no prazo de pagamento do empréstimo consignado?
Outra mudança significativa no crédito consignado do INSS é a extensão do prazo para quitação do empréstimo. Este ajuste não apenas oferece condições mais flexíveis aos novos contratos, mas também possibilita a renegociação de acordos já existentes.
Conforme dados de dezembro de 2024, existiam mais de 48 milhões de contratos ativos de crédito consignado. A partir de 7 de fevereiro de 2025, novas solicitações poderão ser pagas em até 96 meses, equivalentes a oito anos. Contratos firmados antes dessa data podem ser quitados em até 84 meses, ou seja, sete anos. Essa extensão busca reduzir o valor das parcelas mensais, proporcionando alívio financeiro aos segurados e a opção de quitar suas dívidas mais facilmente sem a necessidade de estar constantemente renovando os empréstimos existentes.
Impacto das mudanças nas finanças dos segurados
Essas modificações no crédito consignado do INSS refletem uma tentativa de oferecer melhores condições aos segurados, garantindo que as dívidas sejam gerenciáveis a longo prazo. O aumento do teto de juros pode encarecer o empréstimo, no entanto, a ampliação do prazo de pagamento pode compensar o aumento dos custos ao facilitar a administração das finanças pessoais dos aposentados e pensionistas.
Com a oferta de prazos mais longos, o governo espera que ao menos parte dos segurados possa evitar a renovação frequente de empréstimos, promovendo uma gestão financeira mais sustentável. O ajuste nas regras do crédito consignado demonstra interesse em adaptar-se às condições econômicas e às necessidades dos cidadãos, mantendo o foco em um gerenciamento financeiro mais equilibrado e adaptado às situações cotidianas dos beneficiários do INSS.