Quer mais controle sobre a sua vida reprodutiva com menos preocupação no dia a dia? O Implanon está chegando ao SUS em 100 mil unidades e este texto explica o que é, como funciona e como obter o seu pelo sistema público.
- Implanon disponível pelo SUS para ampliar o acesso à contracepção de longa duração
- Implante no braço que libera hormônio e evita a ovulação por até 3 anos
- Inserção rápida em consultório, com anestesia local e acompanhamento médico
- Prioridade para áreas vulneráveis e adolescentes, mas mulheres de 15 a 49 anos podem solicitar
- Preservativo continua necessário para prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)
Implanon: 100 mil unidades chegam ao SUS
O Ministério da Saúde confirmou a chegada de 100 mil unidades do Implanon ao Brasil. As remessas serão distribuídas aos estados e ao Distrito Federal no começo de outubro, conforme cronograma das secretarias estaduais. A ação busca ampliar o acesso a um método contraceptivo de longa duração para mulheres entre 15 e 49 anos, com atenção especial a regiões mais vulneráveis.
Para informações sobre o acesso pelo SUS e possíveis coberturas em planos privados, consulte a reportagem sobre acesso ao Implanon pelo SUS e cobertura por planos de saúde.
O que é o Implanon e como ele age
Implanon é um pequeno bastão flexível inserido sob a pele do braço que libera um hormônio progestagênico continuamente. Esse hormônio impede a ovulação e altera o muco cervical, reduzindo a chance de gravidez. A proteção dura até 3 anos e o método é discreto, sem necessidade de uso diário.
Quem terá prioridade
A distribuição priorizará municípios com maiores índices de vulnerabilidade social e de gravidez na adolescência. Ainda assim, o público-alvo informado pelo Ministério da Saúde inclui todas as mulheres em idade reprodutiva (15–49 anos). A prioridade busca reduzir gestações não planejadas e contribuir para a queda da mortalidade materna.
Como solicitar o Implanon pelo SUS
- Procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.
- Faça avaliação clínica com enfermeiro ou médico (histórico médico, exame e esclarecimento de dúvidas).
- Se indicado, agende a inserção. O procedimento é feito em consultório com anestesia local e dura poucos minutos.
- Compareça às consultas de acompanhamento agendadas para checar posição e possíveis reações.
Se você ainda não sabe como marcar consultas ou procedimentos pelo SUS, veja orientações sobre como agendar exames e procedimentos pelo SUS, incluindo opções pelo celular ou presencialmente.
Vantagens, riscos e cuidados
- Vantagens: alta eficácia, proteção contínua por até 3 anos, discrição, ausência de doses diárias e baixo índice de falha.
- Cuidados: pode causar efeitos colaterais (alterações no padrão de sangramento, ganho de peso, dor de cabeça, entre outros); converse com o profissional de saúde antes da inserção.
- Contraindicações: avalie com o médico histórico de trombose, uso de certos medicamentos ou condições específicas.
- Proteção contra ISTs: o Implanon não protege contra infecções sexualmente transmissíveis — o preservativo continua essencial. O SUS também tem iniciativas para distribuição de preservativos, como a oferta de preservativos texturizados gratuitos, que reforçam a prevenção de ISTs quando usados corretamente.
Procedimento: inserção e retirada
A inserção é feita por profissional treinado, com anestesia local para minimizar desconforto. Após a colocação, o médico ou enfermeiro marcará revisões para confirmar a posição e monitorar reações. A retirada é simples e também realizada em consultório quando a mulher desejar interromper o método ou ao fim do período de uso.
Perguntas frequentes
- Como obter o Implanon pelo SUS?
Vá à UBS, faça avaliação clínica; se indicado, será agendada a inserção. Mulheres de 15 a 49 anos podem solicitar. A distribuição das primeiras 100 mil unidades começou no início de outubro. - Quais os benefícios do Implanon?
Proteção de até 3 anos, alta eficácia contra gravidez e praticidade por não exigir administração diária. - Vale a pena usar Implanon?
Para quem busca conforto e longa duração, sim — desde que avaliado por um profissional que confirme a segurança do método para seu caso. - Como é o procedimento?
Inserção rápida com anestesia local no braço, seguida por consultas de revisão. A retirada é simples quando necessária. - Quem tem prioridade e quando estará disponível?
Prioridade para locais com maior vulnerabilidade social e gravidez na adolescência; distribuição realizada por estados e Distrito Federal conforme cronograma de cada secretaria.