Você vai ver como o INSS transforma as perícias em atendimento por vídeo. Essa mudança promete acabar com filas e reduzir burocracia. O texto mostra como será o processo, os benefícios para você, os desafios de tecnologia e de privacidade e o papel da nova lei nessa virada.
- Perícias médicas do INSS serão feitas por vídeo e sem filas
- Atendimento mais rápido e acesso em áreas remotas
- Sessões gravadas e medidas de segurança para reduzir fraudes
- Desafios com internet, inclusão digital e necessidade de treinamento
- Segurado poderá optar por perícia digital ou presencial
INSS anuncia perícias médicas 100% digitais com início previsto para 2026
Você poderá ser avaliado por vídeo sem precisar ir até uma agência. O governo federal decidiu levar a teleperícia a todo o país e prevê que o serviço funcione de forma integral a partir de 2026. A medida tem como objetivo reduzir filas, encurtar prazos e ampliar o acesso em áreas com falta de peritos.
Como a teleperícia vai operar
O modelo já foi testado. O projeto piloto Perícia Conectada realizou mais de 158 mil atendimentos remotos. Hoje, o atendimento é híbrido: você pode comparecer a uma unidade do INSS e ser examinado, por vídeo, por um perito em outro estado. O sistema será integrado ao Meu INSS e todas as sessões terão registro audiovisual e trilha de auditoria.
Autoridades afirmam que o formato permite laudos confiáveis sem a presença física do médico. O governo também diz que usará criptografia e autenticação em duas etapas para proteger dados, em conformidade com a LGPD.
O que muda para você
Você terá a opção de escolher entre perícia digital e presencial. Segundo o Ministério da Previdência, a meta é que cerca de 70% das perícias sejam feitas remotamente até o fim de 2026. O prazo médio de análise deve cair dos atuais 45 dias para cerca de 15 dias, segundo projeções oficiais. A mudança busca facilitar o acesso de quem mora em regiões remotas e reduzir deslocamentos e custos.
Beneficiários do BPC/LOAS e pessoas com mobilidade reduzida devem sentir melhoria no atendimento. Casos complexos ou que exigem exame físico detalhado seguirão tendo prioridade para avaliação presencial.
Limites e desafios técnicos e sociais
A adoção enfrenta obstáculos. A principal preocupação é a conectividade em áreas rurais e periferias. Outra questão é a proteção de informações sensíveis, como imagens e prontuários. Especialistas apontam ainda a necessidade de treinamento contínuo dos peritos para manter qualidade e uniformidade nos laudos.
Medidas legais e reforço de pessoal
A Lei nº 15.201/2025, que criou o Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), oficializou a teleperícia e definiu metas de produtividade com bonificações para servidores. Em setembro de 2025 o governo anunciou a contratação de 500 novos peritos federais, com foco nas regiões Norte e Nordeste, para suprir déficits locais.
Segurança e tecnologia previstas
O INSS pretende usar recursos já testados, como assinaturas eletrônicas e cruzamentos automatizados de dados. Há planos para incluir ferramentas de inteligência artificial progressivamente, com objetivo de priorizar casos urgentes e antecipar demandas.
Prazo e implementação
O Ministério informa que o sistema ficará plenamente operacional até o segundo semestre de 2026, com ampliação gradual. Até lá, o atendimento seguirá em formato híbrido para evitar exclusões e garantir suporte a quem tiver dificuldades com tecnologia.
Conclusão
Você está diante de uma mudança que promete ser um salto na forma como o INSS atende: a teleperícia por vídeo tende a cortar filas e reduzir burocracia, trazendo mais eficiência e inclusão para quem vive longe dos grandes centros. É uma medida com potencial real de encurtar prazos — pense em reduzir espera de semanas para dias — e de facilitar a vida de quem tem mobilidade reduzida ou depende do BPC/LOAS.
Ao mesmo tempo, não se trata de mágica. Há gargalos claros: conectividade em áreas remotas, treinamento dos peritos e a necessidade de proteger seus dados conforme a LGPD. A Lei nº 15.201/2025 e as medidas de segurança anunciadas (como gravação, criptografia e autenticação) iluminam o caminho, mas a prática exigirá fiscalização e ajustes constantes. Você poderá optar pela perícia digital ou presencial, o que dá uma rede de segurança para quem não tiver infraestrutura.
No fim das contas, a teleperícia é uma porta aberta — promissora, porém precisa de conserto e manutenção enquanto você atravessa. Se tudo andar conforme o plano até 2026, a expectativa é grande: menos deslocamento, menos filas e mais rapidez.
Perguntas frequentes
- O que muda com o novo regulamento do INSS?
- Perícias serão feitas por vídeo em grande parte dos casos a partir de 2026. Haverá opção digital ou presencial e redução do tempo de análise.
- Como funcionará a perícia médica por vídeo?
- Você se conecta pelo Meu INSS ou vai a uma unidade para videoconferência com o perito. Sessões serão gravadas e terão trilha de auditoria.
- E se eu não tiver internet ou equipamento?
- O INSS manterá atendimentos presenciais e unidades com estrutura para ajudar quem não tem conexão. Ninguém será obrigado a usar vídeo sem alternativa.
- O que a Lei nº 15.201/2025 muda na prática?
- A lei oficializa a teleperícia, cria metas e bonificações para peritos e prioriza tecnologia no atendimento do INSS.
- Meus dados médicos estarão seguros na perícia digital?
- O INSS diz que haverá criptografia e autenticação em dois fatores, em conformidade com a LGPD. Ainda assim, desafios de segurança e fiscalização continuam.