Operação Sem Desconto prende ex‑gestores e líderes e coloca seu INSS na mira da justiça

Você vai ler sobre a nova fase da Operação Sem Desconto, em que a Polícia Federal com a CGU prendeu ex-gestores do INSS, empresários e líderes de entidades por descontos ilegais que reduziram a renda de muitos aposentados e pensionistas.

Entre os alvos aparecem nomes como Alessandro Stefanutto, o Careca do INSS, dirigentes da Conafer e do Instituto Terra e Trabalho, além de ex-diretores e ex-procurador do instituto. O esquema usava o sistema de consignações para lançar cobranças sem autorização, com repasses e sinais de lavagem de dinheiro.

  • PF prende ex-gestores, empresários e líderes ligados a descontos ilegais
  • Descontos eram lançados sem autorização e tiravam dinheiro de muitos beneficiários
  • Investigações apontam esquema de repasses, lavagem e blindagem jurídica
  • Entidades negam envolvimento e Ministério promete novo sistema antifraude
  • Operação segue com diligências, apreensões e possíveis denúncias

PF deflagra nova fase da Operação Sem Desconto; entenda quem foi detido

Você precisa saber: a Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), realizou nesta quinta-feira uma nova etapa da Operação Sem Desconto. Foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva — 9 já cumpridos — e 63 mandados de busca e apreensão em 17 estados e no Distrito Federal. A ação mira fraudes em descontos sobre aposentadorias e pensões do INSS.

O que ocorreu nesta fase da operação?

A PF cumpriu ordens contra ex-gestores do INSS, empresários e dirigentes de entidades que, segundo as investigações, usavam o sistema de consignações para lançar descontos sem autorização. Os presos serão apresentados à audiência de custódia e depois encaminhados ao sistema prisional. As apurações apontam para crimes como fraudes, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Principais alvos da investigação

Entre os investigados estão nomes ligados à gestão e à operação do INSS. Você deve observar os principais citados: Alessandro Stefanutto (ex-presidente do INSS entre 2023 e 2024), figura apontada como facilitadora; Antônio Carlos Antunes Camilo (o Careca do INSS); o presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT); dirigentes da Conafer; operadores responsáveis pelas inserções no sistema; ex-diretor de Benefícios do INSS; e o ex-procurador-geral do INSS.

Como o esquema funcionava

Os investigadores descrevem um método de inclusão automática de cobranças associativas no sistema do INSS, sem a anuência dos beneficiários. Os descontos, em geral entre R$ 10 e R$ 50 mensais, saíam direto da folha. Muitas pessoas só notaram a irregularidade ao conferir extratos bancários. Relatórios da CGU indicam que milhões de beneficiários foram afetados e que o impacto financeiro ultrapassou R$ 1 bilhão em dois anos.

Distribuição dos recursos e indícios de lavagem

Segundo apurações, os valores recolhidos eram repartidos entre dirigentes, servidores e operadores privados. Foram identificadas movimentações atípicas, saques em espécie, uso de contas de terceiros e aquisição de bens como forma de ocultar origem dos recursos. Parte dos recursos teria sido repassada como vantagem indevida a servidores para manter o esquema ativo, conforme indícios apresentados pelos investigadores.

Veja também:  Empréstimos consignados suspensos e pagamento do 13º em risco? Veja o que o INSS acaba de divulgar

Papel da CPMI e reação das instituições

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) vinha colhendo depoimentos e analisando dados da CGU. Relatórios e quebras de sigilo motivaram novas medidas. A CPMI pode pedir prorrogação do prazo para acompanhar os desdobramentos e o ressarcimento dos prejudicados. O Ministério da Previdência informou que apoia as investigações e quer implantar um sistema antifraude com confirmação ativa dos descontos via Meu INSS.

Reações e impacto para beneficiários

A Conafer e o Instituto Terra e Trabalho (ITT) negaram participação nos crimes, segundo comunicados, mas não comentaram afastamentos de dirigentes. Sindicatos de aposentados exigem suspensão imediata de descontos não comprovados e devolução dos valores retidos com correção. Se você recebe benefício do INSS, é aconselhável verificar seus extratos, conferir lançamentos no Meu INSS e procurar canais oficiais caso identifique descontos indevidos.

Conclusão

A nova fase da Operação Sem Desconto mostrou que o problema não é pontual. A PF e a CGU foram a fundo, com prisões e apreensões, para desmontar um esquema que sugou dinheiro de beneficiários do INSS — milhões afetados e mais de R$ 1 bilhão em jogo. Se você recebe benefício, isso pode mexer com o seu bolso. Verifique extratos, conteste lançamentos indevidos, documente tudo e exija ressarcimento quando houver cobrança irregular. A investigação segue e o Ministério promete um sistema antifraude para tentar devolver o que foi tirado.

Perguntas frequentes

Quem foi preso na Operação Sem Desconto?

Ex‑gestores, líderes e operadores. Nomes citados: Alessandro Stefanutto; Antônio Carlos Antunes Camilo (o Careca do INSS); Vinícius Ramos da Cruz; Tiago Abraão Ferreira Lopes; Cícero Marcelino; Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior; André Paulo Felix Fidelis; Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira; Thaísa Hoffmann. Nove dos 10 mandados foram cumpridos.

Como o esquema de descontos ilegais funcionava?

Inseriam cobranças associativas no sistema de consignações do INSS. Descontos de R$ 10 a R$ 50 caíam direto na folha, sem autorização ou comprovação.

Quais entidades foram apontadas como envolvidas?

Conafer e Instituto Terra e Trabalho (ITT) são citados. Também aparecem sindicatos, associações e empresas de fachada. Dirigentes e servidores teriam participado da articulação.

Qual foi o impacto para os beneficiários?

Milhões afetados. Prejuízo superior a R$ 1 bilhão em dois anos. Aposentados e pensionistas tiveram renda comprometida e enfrentam dificuldade para recuperar valores.

Quais são os próximos passos da investigação e as medidas anunciadas?

PF e CGU vão ouvir presos e analisar apreensões. Possíveis novas fases, bloqueio de bens e denúncias formais. CPMI pode ampliar prazo. Ministério promete novo sistema antifraude e tentativa de devolução dos valores.

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