É claro que dos quatro times classificados para as semifinais da Copa do Brasil, o Flamengo é o que mais se destaca ao conquistar o título pela quinta vez.
Apesar de a Gávea atualmente competir com o melhor hospital do Rio de Janeiro, o clube montou um elenco justamente para sobreviver aos acidentes da desumana temporada brasileira.
Contra o Corinthians, o time repetirá a final do torneio de 2022, quando conquistou o tetracampeonato nos pênaltis, o que revela as tradicionais surpresas das fases eliminatórias.
Descartar a possibilidade de outro choque é um absurdo, principalmente se o empate definir o segundo jogo em Itaquera, onde o entusiasmo criado pela contratação irresponsável de Memphis Depay parece capaz de fazer milagres.
Time por time, e vale lembrar que o time holandês está fora da Copa do Brasil, não tem como comparar, basta dizer que o rubro-negro está em quarto lugar no Campeonato Brasileiro, e o alvinegro também — mas se olharmos a classificação de cabeça para baixo. São 19 pontos de diferença e o time carioca jogou uma partida a menos.
Falando em cariocas, que lindo.
Três deles sobrevivem na Libertadores, e dois disputam as semifinais da Copa do Brasil, contra um time paulista e um mineiro na Copa do Brasil e a mesma situação na competição continental.
Vale destacar que dos quatro semifinalistas do torneio da CBF, apenas o Flamengo está na liderança do Brasileirão, 10 pontos acima do Vasco e 11 acima do Atlético Mineiro, que tem uma partida a menos.
O entusiasmo da Fiel com a vitória na final sobre o Juventude se justifica pela emoção, mas precisa ser visto com racionalidade, dado o porte e o investimento do clube gaúcho, cuja folha salarial é substancialmente inferior ao salário mensal de Igor Coronado e Pedro Raul, duas das contratações malsucedidas do Parque São Jorge, sem contar a dificuldade do triunfo, ainda que também por arbitragem danosa e absurda.
Quatro times do povo chegaram à final, prometendo clima incandescente em Itaquera, Maracanã, São Januário e Terreirão do Galo e altos índices de audiência na televisão.
Dos quatro jogos de volta das quartas de final, os desta quarta-feira (11) foram bem mais dramáticos do que os do dia seguinte.
Pelas circunstâncias da classificação do Corinthians em casa e, mais ainda, do Vasco, na Arena da Baixada, com dez jogadores desde o fim do primeiro tempo e mais um gol salvador do decisivo argentino Vegetti para definir o placar de 2 a 1, revertido do jogo de ida. A jogada levou a disputa pela vaga para a marca do pênalti, com Léo Jardim defendendo o chute do uruguaio Canobbio, 5 a 4 para os cruzmaltinos.
Os jogos desta quinta-feira mostraram o Flamengo sendo absoluto diante da inexplicável timidez do Bahia, que precisava vencer e parecia querer perder por uma pequena margem, como aconteceu, por apenas 1 a 0, e o São Paulo sendo ineficaz diante do Galo, em Belo Horizonte.
O tricolor também precisava vencer e praticamente só incomodou o gol atleticano uma vez, além de ter seu goleiro, Rafael, o melhor em campo, autor de pelo menos três grandes defesas.
Se o Flamengo é favorito contra o Corinthians, mesmo tendo sido derrotado no clássico recente entre os dois, não há favorito no confronto Atlético x Vasco.
Mas os dias 2 e 17 de outubro ainda estão muito distantes.
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