Você vai saber quem são os quatro policiais que morreram na operação mais letal do Rio. Dois eram do Bope e dois da Polícia Civil. A ação deixou 64 mortos, 81 presos e apreendeu 93 fuzis. Houve confronto com o Comando Vermelho, feridos e muitas prisões. Aqui você encontra nomes, trajetórias e o que já se sabe sobre o caso.
- Operação nos complexos da Penha e do Alemão foi a mais letal da história do estado
- Policiais civis e do Bope morreram durante os confrontos
- Muitos suspeitos mortos e presos e grande apreensão de fuzis
- Criminosos usaram barricadas, drones e bloqueios de vias
- Alvo era a liderança do Comando Vermelho; operadores importantes foram detidos
Quatro policiais mortos em operação que deixou 64 mortos no Rio
Você precisa saber: quatro policiais — dois da Polícia Civil e dois do Bope — morreram na ação realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, Zona Norte do Rio. A operação mobilizou cerca de 2.500 agentes e foi a mais letal da história do estado. Ao todo, 64 pessoas foram mortas e 81 foram presas, segundo balanço oficial.
Resumo das perdas e feridos
- Entre os mortos estão os delegados da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) Marcus Vinícius Cardoso (Máskara) e Rodrigo Velloso Cabral, além dos sargentos do Bope Cleiton Serafim e Heber Fonseca.
- O delegado-adjunto da DRE, Bernardo Leal, foi baleado, passou por cirurgia e segue em estado grave, segundo informações médicas.
- Três civis também foram atingidos e socorridos: um homem em situação de rua, uma mulher em uma academia e outro homem em um ferro-velho.
Quem eram os policiais mortos?
- Marcus Vinícius Cardoso (Máskara) — tinha 26 anos de polícia, foi promovido a comissário na véspera da operação e atuou por longos anos na DRE.
- Rodrigo Velloso Cabral — estava na corporação há menos de dois meses e era lotado na 39ª DP (Pavuna).
- Cleiton Serafim — ingressou na Polícia Militar em 2008; era casado e deixa esposa e filha.
- Heber Fonseca — policial desde 2011; deixa esposa, dois filhos e um enteado.
Familiares e corporações registraram pesar e destacaram o compromisso e a coragem dos mortos, segundo comunicados oficiais.
Apreensões, prisões e material encontrado
A ação, resultado de mais de um ano de investigações da DRE, tinha como meta cumprir 100 mandados de prisão contra lideranças do Comando Vermelho (CV). No desfecho foram apreendidos 93 fuzis, além de pistolas, motocicletas e drogas. Entre os presos estão Thiago do Nascimento Mendes (Belão do Quitungo) e Nicolas Fernandes Soares, apontados como peças-chave na estrutura financeira do tráfico ligada ao traficante conhecido como Doca ou Urso.
Como foi a operação e suas consequências?
Autoridades informaram que traficantes reagiram com intenso armamento. Houve lançamento de explosivos por drones, queimadas em barricadas e bloqueios em vias importantes como a Linha Amarela, o trecho Grajaú–Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier. As obstruções duraram mais de 12 horas; na manhã seguinte as vias já estavam liberadas, segundo a Prefeitura.
O município elevou o estágio operacional para nível 2. A Polícia Militar colocou todo o efetivo disponível nas ruas; helicópteros, blindados e drones foram usados no cerco. A mobilização levou à suspensão de atividades em 43 escolas e 5 unidades de saúde na região.
Reações e posicionamentos oficiais
O secretário de Segurança Pública informou que a operação foi planejada com base em inteligência e ocorreu sem apoio federal. O governo federal declarou que não recebeu pedido formal de apoio. As partes registraram suas versões em notas e comunicados.
Conclusão
A operação marcou a história do estado: foi a ação mais letal do Rio, com 64 mortos, 81 presos e 93 fuzis apreendidos. Quatro policiais — dois da Polícia Civil e dois do Bope — perderam a vida: Marcus Vinícius Cardoso (Máskara), Rodrigo Velloso Cabral, Cleiton Serafim e Heber Fonseca. A ofensiva atingiu lideranças do Comando Vermelho e resultou em prisões importantes, mas deixou feridos e famílias enlutadas. Persistem dúvidas sobre planejamento, apoio e consequências sociais e políticas.
Perguntas frequentes
Quem são os quatro policiais mortos na operação?
Marcus Vinícius Cardoso (Máskara) — delegado/comissário da DRE; Rodrigo Velloso Cabral — policial civil da 39ª DP; Sargento Cleiton Serafim — Bope; Sargento Heber Fonseca — Bope.
Onde e quando foram atingidos?
Máskara e Cabral foram baleados ao chegar ao Complexo da Penha. Cleiton e Heber foram feridos em confrontos na Vila Cruzeiro. Todos foram levados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas e não resistiram.
Qual a experiência e histórico de cada um?
Máskara tinha 26 anos de carreira e foi promovido comissário na véspera. Cabral estava na polícia há menos de dois meses. Cleiton ingressou em 2008. Heber era policial desde 2011.
Em que operação e contexto isso aconteceu?
Na megaoperação contra lideranças do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes.
Deixaram família? Houve outras vítimas?
Cleiton deixa esposa e uma filha. Heber deixa esposa, dois filhos e um enteado. Três civis foram baleados e o delegado-adjunto Bernardo Leal segue em estado grave.
