O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado em outubro de 2023, traz à tona um panorama abrangente sobre os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. De acordo com o relatório, observa-se um sinal de queda nos números de casos relacionados à Covid-19 em várias regiões, em especial no Centro-Sul do país. Apesar dessa tendência de diminuição, há indícios de crescimento em alguns estados, como Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba e Tocantins, afetando principalmente idosos e jovens até 14 anos.
Os dados são baseados nas informações disponíveis no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) para a Semana Epidemiológica 42, compreendendo o período de 13 a 19 de outubro. Essa estrutura de vigilância tem sido crucial para identificar a evolução dos casos e orientar estratégias de saúde pública.
Como os Estados Brasileiros Estão Respondendo às Variações nos Casos de SRAG?
Nas regiões Centro-Sul, o declínio dos casos é perceptível na maioria dos estados. Pernambuco e Acre, que apresentavam crescimento, agora mostram sinais de interrupção ou diminuição. Entretanto, estados como Mato Grosso, Pará e Paraíba começaram a mostrar um leve aumento nas hospitalizações de idosos, sugerindo uma possível correlação com a Covid-19. Para mitigação desses surtos, a Fiocruz destaca a importância de continuar com as medidas preventivas, incluindo o uso de máscaras em ambientes fechados e lotados.
Qual o Impacto do Rinovírus e Outros Vírus em Crianças e Adolescentes?
O aumento de casos de SRAG em crianças e adolescentes tem chamado atenção, especialmente nos estados do Maranhão e Distrito Federal, onde há uma correlação com o rinovírus. Espírito Santo e Tocantins também apresentam crescimento, ainda que as análises laboratoriais não tenham detectado o vírus causador. A suspeita recai sobre patógenos que afetam esta faixa etária como o VSR (vírus sincicial respiratório) e o metapneumovírus.
Quais São os Resultados Positivos e Casos de Óbitos em 2024?
Em 2024, até o momento, foram notificados 147.782 casos de SRAG, dos quais 47.3% foram confirmados como positivos para algum vírus respiratório. A análise dos casos positivos revela que 36.9% estão relacionados ao VSR, e 19.0% ao Sars-CoV-2, com influenza A e rinovírus contribuindo significativamente. Em termos de óbitos, 9.040 foram registrados, destacando-se que 52% dos casos positivos estavam associados ao Sars-CoV-2. É crucial ter em mente que esses números podem sofrer modificações à medida que novos dados são incluídos.
Quais Medidas Devem Ser Adotadas para Enfrentar o Cenário Atual?
Diante do cenário exposto, recomenda-se fortemente que as pessoas nos estados com aumento de SRAG adotem medidas como o uso de máscaras em locais fechados e frequentados, especialmente centros de saúde. A vacinação continua a ser uma ferramenta essencial na prevenção da disseminação de vírus respiratórios. A Fiocruz reforça a importância de observar protocolos de saúde pública para proteger as populações mais vulneráveis.
A vigilância contínua e o ajuste das estratégias de saúde são fundamentais para lidar efetivamente com mudanças nas tendências de SRAG. Medidas preventivas, aliadas a um acompanhamento atento dos surtos locais, garantem uma resposta mais eficaz na proteção da saúde pública.