Novas diretrizes apresentadas no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia reclassificaram leituras historicamente tidas como “normais”.
Pontos-chave
- 120/80 mmHg (12 por 8) e valores sistólicos até ≈139 mmHg foram reclassificados como risco inicial.
- Objetivo: identificar pessoas com maior probabilidade de evoluir para hipertensão e evitar infarto e AVC.
- Primeiras medidas são não farmacológicas: dieta, atividade física, redução de sal, controle de peso e moderação do álcool — medidas amplamente abordadas em guias de hábitos saudáveis para reduzir a pressão e o risco cardiovascular, como a abordagem de controle da hipertensão com hábitos simples e recomendações sobre alimentação para reduzir colesterol.
- Monitoramento e acompanhamento médico são essenciais; medicação pode ser indicada conforme risco individual.
O que exatamente mudou
As sociedades revisaram os limites que eram considerados “normais”. Leituras próximas de 120/80 mmHg agora exigem observação e medidas preventivas. Valores sistólicos próximos a 139 mmHg também foram incluídos na nova classificação de risco inicial. A intenção é detectar precocemente quem tem maior chance de progredir para hipertensão estabelecida.
Por que essa reclassificação importa
Pressão arterial é um marcador direto da sobrecarga cardiovascular. Ao antecipar a identificação de níveis de risco, a meta é reduzir a ocorrência de eventos adversos (infarto, acidente vascular cerebral, insuficiência renal) por meio de mudanças de estilo de vida e, quando necessário, tratamento medicamentoso.
Além das mudanças alimentares, pequenas trocas alimentares como priorizar peixes ricos em ômega‑3 podem beneficiar o coração e a saúde cognitiva — explore ideias sobre consumo de peixes benéficos ao coração.
Como medir corretamente a pressão
- Descanse sentado por 5 minutos antes da medição.
- Braço apoiado na altura do coração; use manguito adequado ao tamanho do braço.
- Evite café, fumo e esforço físico nos 30 minutos anteriores.
- Faça leituras em dias diferentes, de preferência no mesmo período do dia.
- Prefira aparelhos validados; registre as medidas para mostrar ao médico.
O que fazer se sua pressão estiver em 12 por 8
- Não desconsidere a leitura — trate como sinal de alerta.
- Adote mudanças no estilo de vida: reduzir sal e alimentos processados, aumentar consumo de frutas e verduras, praticar 30 minutos de atividade física na maioria dos dias, perder peso quando necessário, limitar álcool, evitar tabaco, melhorar sono e controlar estresse. Para reduzir hábitos nocivos que elevam o risco cardiovascular, veja orientações sobre quais práticas evitar em hábitos que prejudicam a saúde.
- Técnicas de controle do estresse e respiração podem ajudar a modular a pressão arterial; por exemplo, a respiração diafragmática é uma prática indicada para diminuir tensão e promover relaxamento.
- Sono de qualidade é importante; problemas respiratórios noturnos podem afetar o coração e, em alguns casos, o uso correto de CPAP é recomendado — saiba mais sobre quando e como usar CPAP.
- Monitore regularmente e leve um registro ao seu cardiologista ou clínico.
- A decisão sobre iniciar medicação depende do risco cardiovascular global (idade, diabetes, colesterol, histórico familiar, lesões em órgãos-alvo). Em muitos casos os médicos priorizam intervenções não farmacológicas antes de prescrever remédio.
Riscos de ignorar a nova recomendação
Ignorar leituras consideradas “pré‑hipertensão” aumenta a chance de evolução para hipertensão persistente e eleva o risco de infarto, AVC e lesão renal. Danos cardiovasculares costumam ser silenciosos; agir cedo reduz complicações graves no futuro. A prevenção também envolve medidas populacionais, como vacinação contra doenças que podem agravar o quadro cardíaco — informações sobre imunizações recomendadas estão disponíveis em material sobre vacinas que ajudam a prevenir complicações cardíacas.
Perguntas frequentes
- O que mudou nas diretrizes sobre pressão arterial?
Três sociedades médicas brasileiras reclassificaram leituras entre 120/80 e cerca de 139 (sistólica) como risco inicial (pré‑hipertensão), com foco em prevenção. - Como devo medir minha pressão para ter certeza?
Sente-se e descanse 5 minutos; mantenha o braço apoiado na altura do coração; evite café e cigarro antes; use aparelho validado; repita leituras em dias diferentes. - O que faço para manter a pressão abaixo do novo limite?
Reduza sal e ultraprocessados; pratique atividade física regularmente; controle peso; aumente frutas e verduras; limite álcool e pare de fumar; cuide do sono e do estresse. Pequenas trocas alimentares, como incluir chás e bebidas saudáveis e priorizar fontes magras de proteína, podem complementar a estratégia — veja sugestões como chá verde e orientações sobre chás que auxiliam no controle do inchaço. Para quem busca estratégias de controle de peso, informações sobre jejum intermitente e sobre hábitos simples como beber água em jejum podem ser úteis, conforme orientação profissional: hidratação matinal. - Quais os riscos de ignorar essa reclassificação?
Maior probabilidade de infarto, AVC e problemas renais. Danos podem ocorrer gradualmente e sem sintomas. - Quando devo procurar um cardiologista e vou precisar de remédio?
Procure se leituras elevadas se repetirem ou se tiver fatores de risco (diabetes, colesterol alto, histórico familiar). O médico avaliará o risco global; frequentemente recomenda primeiro mudanças de estilo de vida e, se necessário, medicação.