Você precisa ficar atento: a internet brasileira vive uma epidemia de golpes. Todos os dias chegam links falsos por WhatsApp, e-mail e redes sociais. Eles se disfarçam com anúncios e sites que imitam o governo, mirando benefícios como Bolsa Família e Imposto de Renda para roubar seus dados e dinheiro.
Não clique e não passe suas informações. Golpistas do falso INSS que pede seus dados e falsos funcionários do INSS têm sido exemplos recorrentes dessas fraudes. Neste texto você vai entender como esses golpes funcionam e como se proteger usando canais oficiais e checando o endereço do site.
- Fraudes online atingem programas como Bolsa Família e Imposto de Renda
- Golpistas usam anúncios pagos, sites falsos e deepfakes
- Criminosos roubam dados pessoais para criar novos golpes
- Governo e órgãos pressionam plataformas e ampliam fiscalização
- Desconfie de links e prefira canais e sites oficiais do governo
Epidemia digital: 15 milhões de links falsos por dia ameaçam beneficiários e contribuintes
O ambiente online no Brasil enfrenta um crescimento acelerado de fraudes. Dados recentes apontam que cerca de 15 milhões de links fraudulentos circulam diariamente, totalizando mais de 553 milhões de tentativas de golpe em 12 meses. Os alvos principais são programas e serviços públicos que mobilizam grande parte da população, como Bolsa Família e Imposto de Renda, segundo autoridades e especialistas.
Como os golpes chegam até você
Golpistas têm usado três estratégias principais:
- Anúncios pagos em redes sociais (Facebook, Instagram) que dão aparência de autoridade — muitas campanhas maliciosas chegam por mensagens e posts, incluindo mensagens falsas no WhatsApp.
- Sites falsos hospedados fora do país que imitam páginas oficiais do governo.
- Deepfakes e conteúdos manipulados para simular autoridade e persuadir cliques.
Essas táticas facilitam a coleta de dados pessoais — CPF, telefone e e-mail — que alimentam novos esquemas.
Programas mais visados
Os golpes se concentram em programas com grande visibilidade e movimentação financeira: benefícios sociais (Bolsa Família), pagamentos do Imposto de Renda, sistemas de pagamento instantâneo (PIX) e iniciativas educacionais.
Temas amplamente pesquisados tornam-se terreno fértil para links e páginas falsas. Vulnerabilidades no sistema de pagamentos também aumentam o risco, como mostram reportagens sobre hack no sistema PIX e o vazamento de chaves PIX revelado pelo Banco Central.
Escala e velocidade do problema
A velocidade de disseminação aumentou porque criminosos utilizam publicidade online para impulsionar mensagens. Antes as fraudes circulavam de forma mais orgânica; hoje ganham audiência rapidamente por meio de anúncios pagos, ampliando o número de vítimas em curto prazo.
Medidas legais e de fiscalização
A Advocacia-Geral da União (AGU) moveu ação civil contra a Meta, alegando que a plataforma lucra com anúncios que promovem golpes. A Secretaria de Comunicação (Secom) firmou parceria com o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) para ampliar a fiscalização, incluindo outras plataformas como o Google. Ainda assim, a prevenção individual continua essencial.
Riscos além do prejuízo financeiro
Além da perda imediata de dinheiro, os golpes permitem o roubo de dados pessoais, que são reutilizados em esquemas futuros. A captura de CPF, telefones e e-mails torna as vítimas mais vulneráveis a fraudes repetidas — um problema que já é investigado em casos de fraudes bilionárias no INSS e em apurações sobre investigações no Congresso sobre fraudes no INSS.
Como você pode se proteger
- Desconfie de links recebidos por e-mail, WhatsApp ou redes sociais, especialmente quando prometem benefícios ou pagamentos.
- Confira sempre o endereço do site: páginas oficiais do governo terminam em .gov.br.
- Não forneça dados pessoais em páginas não verificadas.
- Use apenas canais oficiais para consultas e serviços (Gov.br, Caixa Econômica, Receita Federal). Para proteger benefícios, siga orientações práticas sobre como proteger seu benefício do INSS.
- Tenha atenção com procedimentos de prova de vida do INSS, pois há golpes que se aproveitam desse tema; saiba também que a prova de vida segue anual e pode envolver cruzamento de dados.
- Se clicar em um link suspeito: saia do site, troque senhas, bloqueie cartões e contate seu banco. Em casos que envolvem pagamentos, informe-se sobre incidentes como a falha no PIX que permitiu ação de hackers.
- Faça boletim de ocorrência e denuncie no Gov.br. Essas ações reduzem danos e cortam a rota dos criminosos.
- Para mensagens importantes no WhatsApp, considere medidas para salvar suas mensagens e notas caso precise comprovar algo posteriormente.
Conclusão
A internet é como um rio com correntes traiçoeiras: por cima parece calma, mas há golpes que arrastam muita gente. Você não precisa ser herói — precisa ser atento. Lembre-se: são cerca de 15 milhões de links falsos por dia.
Quando receber mensagens prometendo benefício, pare. Não clique. Verifique o endereço: sites oficiais terminam em .gov.br. Prefira sempre os canais oficiais (Gov.br, Caixa, Receita). Não passe CPF, senha ou dados bancários em páginas duvidosas.
Perguntas Frequentes
- Como os links falsos atingem Bolsa Família e o Imposto de Renda?
- Criminosos usam anúncios pagos, sites falsos e deepfakes. Enviam milhões de links por dia oferecendo pagamento ou atualização e solicitam dados que são roubados.
- Como identificar um link ou site falso?
- Verifique o endereço: sites oficiais terminam em .gov.br. Desconfie de erros de grafia, design ruim, pedidos de dados pessoais ou pagamento. Golpes como o da fraude da CNH mostram como páginas bem fabricadas podem enganar — por isso a checagem do domínio é essencial.
- O que fazer se eu cliquei ou dei meus dados?
- Saia do site, troque senhas, bloqueie cartões e contate seu banco. Registre boletim de ocorrência e denuncie no Gov.br.
- Quais programas são os mais visados pelos golpes?
- Bolsa Família, Imposto de Renda, PIX e programas educacionais — benefícios com grande público atraem mais fraudes.
- O que o governo e as plataformas estão fazendo contra as fraudes?
- A AGU abriu ação contra a Meta; Secom e Conar intensificaram fiscalização com Google e outras plataformas. Mesmo assim, a atenção individual permanece crucial. Para se preparar e evitar cair em golpes como a suposta revisão do INSS, mantenha-se informado e use somente canais oficiais.