Você precisa saber que as regras sobre colesterol mudaram — e isso pode afetar sua saúde. A diretriz criou a categoria de risco extremo para quem já teve infarto ou AVC e tornou as metas para reduzir o LDL (o chamado colesterol ruim) muito mais rígidas. Se você tem pré‑hipertensão ou histórico familiar, fique atento. Abaixo, as novas recomendações e como mudar seu estilo de vida para reduzir o colesterol e prevenir um infarto.
- Diretriz brasileira deixou o controle do colesterol mais rígido
- Foi criada a categoria risco extremo para quem teve infarto ou AVC
- Metas de LDL ficaram muito mais baixas para quem tem alto risco
- Vida saudável e acompanhamento médico são essenciais para prevenir infarto
- Herança, dieta, sedentarismo e pré‑hipertensão aumentam o risco
Nova diretriz sobre colesterol: metas mais duras e categoria risco extremo
A diretriz brasileira de controle do colesterol, publicada em setembro de 2025, alterou metas de tratamento e incluiu a categoria risco extremo. Para pacientes com risco cardiovascular muito elevado, a orientação agora é reduzir o LDL — o colesterol ruim — para menos de 40 mg/dL. Quem não acompanhar essas recomendações pode ter maior probabilidade de sofrer um infarto.
O que mudou de imediato
A principal mudança foi o endurecimento das metas para quem já tem alto risco cardiovascular. Pacientes com histórico de eventos graves, como infarto ou acidente vascular cerebral, passaram à categoria risco extremo e devem alcançar níveis de LDL bem mais baixos do que nas orientações anteriores — frequentemente abaixo de 40 mg/dL.
Por que isso importa
O colesterol é necessário para funções do corpo, como produção de hormônios e formação de células. Mas o LDL elevado deposita‑se nas artérias e forma placas que podem obstruir o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de infarto e AVC. Metas mais agressivas visam reduzir essas placas e, com isso, o número de eventos cardiovasculares.
Quem corre maior risco
Fatores que elevam o colesterol e o risco cardíaco incluem:
- História familiar de doenças cardíacas
- Alimentação rica em gorduras saturadas
- Sedentarismo
- Doenças crônicas (como diabetes tipo 2, por exemplo)
- Pré‑hipertensão ou hipertensão
Quem já teve infarto ou AVC passa automaticamente para a categoria risco extremo e precisa de acompanhamento intensificado. Além disso, condições como apneia do sono podem aumentar o risco cardiovascular, e o tratamento adequado melhora a proteção do coração (uso de CPAP em apneia do sono).
O que você pode fazer agora
A diretriz reforça que mudanças no estilo de vida são fundamentais. Recomendações práticas:
- Adotar uma alimentação com menos gorduras saturadas e trans; aumentar frutas, verduras, legumes, grãos integrais e fibras. Para quem busca orientações de dieta, há sugestões práticas de uma dieta simples que reduz o colesterol.
- Praticar atividade física regularmente (pelo menos 150 minutos/semana de atividade moderada ou conforme orientação médica).
- Manter o peso sob controle e evitar o tabaco; entender a relação entre inflamação e excesso de gordura pode ajudar no emagrecimento saudável (inflamação e perda de gordura).
- Fazer checagens regulares do colesterol e da pressão arterial; aprender a controlar a hipertensão com hábitos simples também reduz o risco.
- Seguir prescrições médicas quando houver indicação de medicamentos para reduzir o LDL (estatinas, ezetimiba, PCSK9 e outros conforme avaliação). Profissionais podem ainda recomendar vacinas e outras medidas de prevenção para proteger o coração (vacinas que ajudam a prevenir problemas cardíacos).
Para complementar a dieta, a inclusão regular de peixes ricos em ômega‑3 pode ter efeito protetor sobre o coração e a função cerebral (benefícios do consumo de peixe).
Profissionais de saúde alertam que, para muitos pacientes de alto risco, apenas mudar o estilo de vida não será suficiente — será necessário tratamento medicamentoso e monitorização frequente para atingir as novas metas.
Conclusão
A nova diretriz deixa claro: o controle do colesterol não é detalhe. Para quem já teve evento grave, a categoria risco extremo exige metas ainda mais duras para o LDL — agora frequentemente < 40 mg/dL.
Se você teve infarto ou AVC, ou vive com pré‑hipertensão ou histórico familiar, converse com seu médico e monitore seus números. Assuma o leme da sua saúde: alimentação, exercício e deixar de fumar ajudam, e quando indicado o acompanhamento médico e os medicamentos são essenciais.
Perguntas frequentes
- O que mudou nas metas de colesterol?
As metas ficaram mais rígidas em 2025. Para quem tem alto risco cardiovascular, o LDL agora deve ficar abaixo de 40 mg/dL em muitos casos. - O que é a categoria risco extremo?
Pessoas com infarto, AVC ou outros eventos cardiovasculares prévios. Precisam de controle ainda mais intenso do colesterol. - Como sei se preciso baixar o LDL para menos de 40 mg/dL?
Consulte seu médico e faça exames. Quem já teve eventos cardíacos ou tem múltiplos fatores de risco costuma precisar dessa meta. - O que posso fazer já para reduzir o colesterol e evitar infarto?
Mude a dieta (reduza gorduras saturadas), pratique exercícios, pare de fumar, controle o peso e siga orientações médicas. Pode ser necessário medicação. Para ideias práticas de alimentação, veja recomendações sobre uma dieta que reduz o colesterol e orientações sobre controlar hábitos que prejudicam a saúde (hábitos a evitar). - A pré‑hipertensão aumenta o risco mesmo com colesterol normal?
Sim. A pré‑hipertensão eleva o risco cardíaco em conjunto com outros fatores. Monitorar pressão e colesterol é essencial — entenda melhor a pré‑hipertensão e como agir.