No contexto da recente Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, o governo brasileiro, em parceria com as Nações Unidas e a Unesco, anunciou uma estratégica aliança internacional com o objetivo de combater a desinformação que impede o progresso das ações climáticas. Esta colaboração, denominada Iniciativa Global para Integridade da Informação sobre Mudanças do Clima, visa reunir esforços multilaterais para lidar com a crescente ameaça da desinformação climática.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou em seu discurso a importância desta iniciativa, destacando que é impossível enfrentar as mudanças climáticas sem enfrentar também o negacionismo e a desinformação que a acompanham. Esta aliança conta com a adesão de vários países, incluindo Chile, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unido e Suécia, buscando formar um fundo para apoiar pesquisas e medidas concretas.
Por que a desinformação climática é um problema global?
A desinformação climática representa um obstáculo significativo para a implementação de políticas efetivas de mitigação e adaptação. Esta desinformação não apenas confunde o público, mas também enfraquece o suporte para ações decisivas e urgentes necessárias para enfrentar as mudanças climáticas. A desinformação frequentemente encontra abrigo nas redes sociais, onde se espalha rapidamente, influenciando opniões e retardando os esforços globais contra a crise climática.
Como a iniciativa pretende combater a desinformação climática?
A Iniciativa Global para Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas visa estabelecer uma estrutura multilateral de colaboração entre Estados e organizações internacionais. O projeto propõe:
- Financiamento de pesquisas sobre desinformação climática.
- Apoio a jornalistas e pesquisadores dedicados à investigação de questões climáticas.
- Desenvolvimento de estratégias de comunicação e campanhas de conscientização pública.
Os países participantes contribuirão para um fundo administrado pela Unesco, com o objetivo de arrecadar entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões em um período de 36 meses. Este fundo servirá para subsidiar organizações que promovem a integridade da informação no contexto das mudanças climáticas.
Quem são os principais aliados desta iniciativa?
Além do Brasil, a iniciativa conta com importantes parceiros internacionais, como a Unesco e a ONU. Países como o Chile e a França já confirmaram participação. A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, ressaltou a importância de apoiar os jornalistas e pesquisadores que constantemente se arriscam para investigar e reportar informações precisas sobre o clima.
O que se espera do futuro desta iniciativa?
O futuro da iniciativa promete ser promissor, com a expectativa de estabelecer um baluarte contra a desinformação climática no cenário global. O sucesso deste empreendimento depende tanto dos países participantes quanto das organizações internacionais que irão formar um esforço conjunto contínuo de financiamento e suporte. Assim, espera-se criar um padrão de informação confiável, fortalecendo a educação midiática e promovendo a consciência pública no enfrentamento das mudanças climáticas.