Imagine descobrir que um empréstimo foi contratado em seu nome sem sua autorização, utilizando uma simples selfie postada em suas redes sociais. Parece impossível? Infelizmente, essa é a realidade de muitos brasileiros que estão sendo vítimas do chamado “Golpe da Selfie”. Neste artigo, vamos explicar como esse golpe funciona, quem são os principais alvos e como você pode se proteger.
Como Funciona o Golpe da Selfie?
Criminosos estão utilizando fotos de perfil e selfies postadas em redes sociais para solicitar empréstimos consignados em nome de terceiros. Eles se passam por representantes de instituições financeiras ou do INSS, coletam informações pessoais e utilizam as imagens para validar contratos fraudulentos. Em alguns casos, as vítimas só percebem o golpe quando notam descontos indevidos em seus benefícios.
Quem São as Principais Vítimas?
Aposentados e pensionistas do INSS são os principais alvos desses golpistas. Devido à facilidade de acesso às informações e à vulnerabilidade digital, muitos idosos acabam sendo enganados por falsas promessas de revisão de benefícios ou ofertas de crédito vantajosas. Além disso, a prática de utilizar selfies como forma de autenticação tem sido questionada judicialmente, especialmente quando envolve pessoas em situação de vulnerabilidade.
Decisões Judiciais Reforçam a Ilegalidade do Golpe
Em diversos casos, a Justiça tem reconhecido a ilegalidade desses contratos firmados com base em selfies. Por exemplo, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a utilização de selfies não comprova a autorização para a contratação de empréstimos consignados, condenando instituições financeiras a indenizarem as vítimas. Essas decisões reforçam a necessidade de medidas mais rigorosas na autenticação de contratos financeiros.
Como se Proteger do Golpe da Selfie?
- Evite compartilhar selfies e informações pessoais em redes sociais. Quanto menos dados disponíveis, menor a chance de serem utilizados por golpistas.
- Desconfie de contatos que solicitam fotos ou dados pessoais para revisão de benefícios ou ofertas de crédito. Instituições sérias não solicitam esse tipo de informação por meio de redes sociais ou aplicativos de mensagens.
- Verifique regularmente seus extratos bancários e benefícios do INSS. Ao notar qualquer movimentação suspeita, entre em contato imediatamente com a instituição financeira e registre um boletim de ocorrência.
- Utilize senhas fortes e ative a autenticação em dois fatores em suas contas online. Essa medida adiciona uma camada extra de segurança às suas informações.
O “Golpe da Selfie” é mais uma forma de fraude que se aproveita da exposição excessiva nas redes sociais e da vulnerabilidade de determinados grupos, como aposentados e pensionistas. É fundamental estar atento às suas informações pessoais e adotar medidas de segurança para evitar cair nesse tipo de armadilha. Se você suspeita que foi vítima desse golpe, procure imediatamente as autoridades competentes e busque orientação jurídica para reverter a situação.
FAQs
1. O que é o “Golpe da Selfie”?
É uma fraude onde criminosos utilizam selfies e informações pessoais disponíveis em redes sociais para contratar empréstimos consignados em nome de terceiros, sem autorização.
2. Como posso saber se fui vítima desse golpe?
Verifique regularmente seus extratos bancários e benefícios do INSS. Se notar descontos ou movimentações suspeitas que você não reconhece, pode ser um sinal de fraude.
3. O que fazer se fui vítima do “Golpe da Selfie”?
Entre em contato imediatamente com a instituição financeira envolvida, registre um boletim de ocorrência e procure orientação jurídica para contestar o contrato e buscar indenização, se for o caso.
4. Como evitar cair nesse tipo de golpe?
Evite compartilhar selfies e informações pessoais em redes sociais, desconfie de contatos suspeitos solicitando dados ou fotos, e mantenha suas contas online seguras com senhas fortes e autenticação em dois fatores.
5. A Justiça reconhece a ilegalidade desses contratos?
Sim. Diversas decisões judiciais têm reconhecido a ilegalidade de contratos firmados com base em selfies, especialmente quando envolvem pessoas em situação de vulnerabilidade, como aposentados e pensionistas.