A Liga dos Campeões, campeonato interclubes mais popular do planeta, começa nesta terça-feira (17), com seis partidas.
E é uma nova Champions League. Depois de 21 anos, a UEFA (o órgão dirigente do futebol na Europa) decidiu mudar o formato da competição.
Esse Folhaassim como dezenas de veículos de comunicação, já cobriram as mudanças, então o que trago neste texto é um resumo de como elas funcionam, para refrescar a memória do leitor ou informar aqueles que ainda não sabem, e declarações da UEFA sobre a motivação por trás da mudança.
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Anteriormente, na fase de grupos, havia 32 participantes, divididos em oito grupos de quatro. Os dois primeiros colocados passavam para as oitavas de final.
Agora, o torneio ficou mais concorrido: são 36 times, incluídos em um único grupo. O sistema de pontos vai até 29 de janeiro.
As oito melhores equipes garantirão automaticamente uma vaga nas oitavas de final. As que terminarem do 25º ao 36º lugar serão eliminadas.
Os times colocados de 9º a 24º serão pareados e se enfrentarão em duas partidas. Os vencedores completarão os 16 times nas oitavas de final.
A partir daí, a fórmula é a mesma: mata-mata em casa e fora até a final, que será realizada em jogo único, na Allianz Arena, estádio do Bayern, em Munique, no dia 31 de maio.
Cada clube jogará mais vezes na fase inicial.
Anteriormente, eram seis rodadas, com duas partidas entre cada integrante de cada grupo (casa e fora). Agora, cada time jogará oito vezes (quatro como mandante, quatro como visitante), e nenhum adversário será repetido.
De acordo com o sorteio, os confrontos mais interessantes da primeira fase são Milan x Liverpool, nesta terça-feira, na Itália, e Manchester City x Inter de Milão, na Inglaterra, nesta quarta-feira. O último duelo foi a decisão da Liga dos Campeões 2022/2023 (Man City venceu).
Perguntei à UEFA sobre as razões para a criação de uma nova Liga dos Campeões – o torneio existe desde 1955-1956, e o time que mais venceu foi o Real Madrid, 15 vezes – e quais são as vantagens disso.
Aqui estão as respostas, em resumo.
Por que mudar?
“As discussões sobre a evolução da Champions League para um novo formato começaram em 2018 com um processo de revisão aprofundado envolvendo uma infinidade de análises, simulações, propostas e ideias. Isso foi seguido por um processo de consulta e revisão com as partes interessadas. Os principais objetivos da reforma eram encontrar maneiras de aumentar a competitividade, aumentar a diversidade de oponentes, incluir mais jogos de primeira divisão desde o início e oferecer mais oportunidades de participação aos clubes.”
Quais são as vantagens?
“A fase inicial será mais equilibrada, com os times enfrentando uma variedade maior de oponentes, tornando-a dinâmica e imprevisível. O novo formato garante que cada jogo conte. Cada resultado terá o potencial de mudar drasticamente a posição de um time. Também oferece oportunidades para mais clubes, com acesso mais amplo à competição, e na primeira fase os times jogarão contra oito oponentes [não mais três].”
O sistema recém-implementado leva algum tempo para se acostumar, mas, em princípio, parece interessante e atraente.
É bem provável que na fase final do grupo único quase todos os jogos tenham algo em jogo, seja para o clube tentar se colocar entre os 8 primeiros ou para obter uma vaga na primeira fase eliminatória.
Vale ressaltar que não há rebaixamento, como não havia antes.
A qualificação para a Champions League é determinada anualmente pelos resultados em campeonatos nacionais, com ligas mais fortes (a UEFA elabora um ranking) recebendo mais vagas. O campeão da edição mais recente tem vaga garantida na seguinte.
O único ponto negativo evidente, que vai gerar reclamações de treinadores e atletas, é o aumento do número de jogos, com a imposição de mais datas (no meio da semana) em um calendário que já é considerado estrangulado.
Na fase classificatória, serão 144 partidas — antes eram 96. E também haverá a fase eliminatória “pré-oitavas de final”, na qual jogarão as equipes do 9º ao 24º lugar, com mais 16 partidas.
No total, o número de jogos no novo formato aumentará de 125 para 189 (51% a mais).
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