A cidade de São Paulo deu um passo ousado na luta contra o crime: hoje, conta com 25 mil câmeras de vigilância equipadas com reconhecimento facial espalhadas pelas ruas.
O sistema, batizado de Smart Sampa, já está mostrando resultados impressionantes — mas também levanta discussões importantes sobre privacidade.
Entenda o que muda para os moradores e o que ainda está por vir.
O que é o Smart Sampa e como funciona?
O Smart Sampa é um projeto da Prefeitura de São Paulo que combina câmeras de segurança comuns com tecnologia de reconhecimento facial baseada em inteligência artificial.
O software russo Find Face é o cérebro do sistema: ele compara, em tempo real, rostos capturados nas ruas com bancos de dados de criminosos procurados.
Em apenas seis meses de operação, o sistema já ajudou a capturar:
- Mais de mil fugitivos;
- Criminosos em flagrante;
- Pessoas desaparecidas.
A proposta é reforçar a segurança sem o uso da força policial, ampliando a capacidade de resposta das autoridades.
Onde as câmeras estão instaladas?
Atualmente, as câmeras estão posicionadas em locais estratégicos como:
- Ruas e avenidas movimentadas;
- Praças públicas;
- Estações de transporte coletivo;
- Unidades de saúde.
E não para por aí: há planos de expansão para ônibus municipais e escolas públicas, com a meta de atingir 100 mil câmeras até 2028.
Quais os benefícios desse sistema?
Entre os principais pontos positivos do Smart Sampa, estão:
- Aumento da sensação de segurança;
- Maior eficiência na captura de criminosos;
- Localização mais rápida de pessoas desaparecidas;
- Redução de abordagens violentas.
O sistema também é bem avaliado por grande parte da população, que se sente mais protegida nas áreas monitoradas.
E os riscos? O que preocupa especialistas?
Apesar dos resultados positivos, o projeto também gera debates sobre:
- Erros de reconhecimento facial, especialmente em pessoas negras e pardas;
- Vazamento ou uso indevido de dados pessoais;
- Possível comercialização das informações captadas por empresas privadas.
Organizações de direitos civis alertam para a necessidade de regulamentação rigorosa e transparência no uso dessa tecnologia, para evitar abusos e proteger a privacidade dos cidadãos.
FAQs
Como funciona o reconhecimento facial usado em São Paulo?
As câmeras capturam imagens em tempo real e o sistema compara os rostos com bancos de dados de pessoas procuradas ou desaparecidas.
O sistema já deu resultado?
Sim. Em seis meses, foram mais de mil capturas realizadas com a ajuda da tecnologia.
Há risco de erro no reconhecimento facial?
Sim. Especialistas alertam para o risco de falhas, especialmente em pessoas negras, e recomendam auditorias constantes no sistema.
O projeto vai crescer ainda mais?
Sim. A prefeitura quer expandir o Smart Sampa para ônibus e escolas, atingindo 100 mil câmeras até 2028.